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DAMA DE VERMELHO

sábado, 25 de setembro de 2010

PERMITAM-ME, AGORA, QUE EU EMUDEÇA....


Lutei e relutei entre duas escolhas: descansar, pois estou fatigada, e a vontade de escrever.
Já estou sentindo falta desse espaço, posto que as minha crônicas são, praticamente, diárias.
Mas, os dias não são tão iguais como parecem...
Recebi alguns e-mails questionando a lacuna de ontem. Agradeço pela falta que eu faço. É, para mim , bastante salutar e gratificante saber que muitos dos meus leitores procuram esse espaço. Até de Portugal veio a mensagem. Puxa vida, venho atingindo lugares bem distantes, envolvendo a Europa, em vários países.
Como falei, em texto um tanto anterior, o leitor é mesmo único e estranho. Acho, no meu entender, que uns se identificam comigo, outros se habituaram, há quem tenha curiosidade e, sei lá mesmo o quê. Deve haver alguns que até não gostam. Querem comentar o bom ou o ruim. Será?
Estive lendo por estes dias. Essa prática tem sido diária. Leio e releio. Tenho Lya Luft como minha grande escritora, em tempos atuais. Quase a minha guru.
Pensando nela, tenho tirado deduções sobre perdas e ganhos, tema abordado em livro que tenho na cabeceira.
Impressionantes os seus argumentos. Quem não tirar bom proveito dos seus livros, constituirá exceção.
E aí vai uma das minhas muitas reflexões: a idade madura com os seus muitos ganhos. Não haverá a balzaquiana de se entregar como antigamente.
Concordo com a grande escritora quando afirma que na idade madura não se está pior. Estamos diferentes. Talvez, mais segura e menos tensa do que quando se tinha 20 anos.
É preciso ver de frente o nosso momento e encontrar objetivos , saídas, amigos e metas para se sentir bem, com menos aflições e menos frivolidades. Ou será que aos 50 anos já nos encontramos fadados à falta de encantamento da juventude?
Uma afirmativa seria o próprio afastamento da vida, que pode ser feliz, até que se tenha, pelo menos , lucidez.
E, seguindo o raciocinio de Lya Luft, repito o que disse a escritora:
"A vida não está aí para ser suportada ou vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada."
Diz, ainda, a escritora: " o essencial não tem nome e nem forma: é descoberta e assombro, glória ou danação de cada um."
Saio do meu espaço, dizendo : que teria eu a acrescentar?
Permitam-me, agora, que eu emudeça....


(*) A CRÔNICA ESTÁ AÍ....LEIAM E COMENTEM NO BLOG. a AUTORA MUITO APRECIA.

2 comentários:

  1. Oi Eliana! Gostei muito dos seus últimos posts. Parabéns! :)
    Renata Pereira

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  2. Nata,

    Um comentário seu vale por cem. Obrigada!

    Beijos
    Eliana

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