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DAMA DE VERMELHO

domingo, 4 de dezembro de 2011

"A ÂNSIA DE VIVER E O DESEJO DE MORRER."

Os poucos sargaços não me impediram que eu entrasse no Mar de Boa Viagem e tomasse um gostoso banho, constituindo o tônico de minhas energias e me fazendo sentir a alegria de viver.
Domingo é sempre o descanso de quem luta e de quem trabalha.
Apesar desses empecilhos, impedindo um pouco a travessia, senti-me bem e refleti o que pude , pois estava na ordem do dia. Ou por outra , havia uma inspiração que me fazia pensar e destruir em mim o que disse Fernando Pessoa: "A ânsia de viver e o desejo de morrer."
Manhã deliciosa. Não poderia ter deixado de vivenciar este momento e de apagar essa vontade de morrer, quando apenas filigramas não são suficiente e o necessário para abrir em mim um coração dilacerado.
Na verdade, na verdade , aprendi a viver as minhas ansiedades e a usar os mecanismos de desejo para afastar o mal estar de incompreensões.
Parece dramático, mas não é . Já falava Nietzche, em tempos outros: "Temos a arte para que a verdade não nos destrua."
Tentei enganar as minhas verdades. Fui ao próximo e desisti diante de atoleiros que atrapalharam o meu caminho.
Mas, voltemos ao mar. Morar em Boa Viagem é para mim um encanto. Desses que me faz bem e me revigora. Com um bronze na medida, estou pronta para me sentir bem melhor do que se pensa.
Tudo isto me faz lembrar a linda poesia do grande escritor e poeta, autor de frases célebres, FERNANDO PESSOA:
Suavemente grande avança
Cheia de sol e onda do mar
Pausadamente se balança
E desce como a descansar (" MAR MANHÃ)

Postado por Eliana Pereira às Domingo, Dezembro 04, 2011 0 comentários Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut

"A ÂNSIA DE VIVER E O DESEJO DE MORRER"


Os poucos sargaços não me impediram que eu entrasse no Mar de Boa Viagem e tomasse um gostoso banho, constituindo o tônico de minhas energias e me fazendo sentir a alegria de viver.
Domingo é sempre o descanso de quem luta e de quem trabalha.
Apesar desses empecilhos, impedindo um pouco a travessia, senti-me bem e refleti o que pude , pois estava na ordem do dia. Ou por outra , havia uma inspiração que me fazia pensar e destruir em mim o que disse Fernando Pessoa: "A ânsia de viver e o desejo de morrer."
Manhã deliciosa. Não poderia ter deixado de vivenciar este momento e de apagar essa vontade de morrer, quando apenas filigramas não são suficiente e o necessário para abrir em mim um coração dilacerado.
Na verdade, na verdade , aprendi a viver as minhas ansiedades e a usar os mecanismos de desejo para afastar o mal estar de incompreensões.
Parece dramático, mas não é . Já falava Nietzche, em tempos outros: "Temos a arte para que a verdade não nos destrua."
Tentei enganar as minhas verdades. Fui ao próximo e desisti diante de atoleiros que atrapalharam o meu caminho.
Mas, voltemos ao mar. Morar em Boa Viagem é para mim um encanto. Desses que me faz bem e me revigora. Com um bronze na medida, estou pronta para me sentir bem melhor do que se pensa.
Tudo isto me faz lembrar a linda poesia do grande escritor e poeta, autor de frases célebres, FERNANDO PESSOA:
Suavemente grande avança
Cheia de sol e onda do mar
Pausadamente se balança
E desce como a descansar (" MAR MANHÃ)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E QUE HORA!!!!


Começam novas buscas pelo meu blog. É uma sensação de carinho e apreço que me deixam enaltecida. E haja contentamento!
Deixei que viesse o anoitecer. O Dia da Pátria já não comove a muitos e, entre eles, a mim. As razões não são claras, mas posso dizer que desde a mais tenra idade não fui atraída pelo dito. Era sempre um dia de muito estudo, meu trivial de sempre.
Nunca esqueçam que estudar fez parte do meu viver.
A ida à praia programada para muito cedo não se realizou. Sob um céu nublado e uma ventania significativa, preferi o aconchego da minha cama, muito mais satifatório, talvez, do que a falta dos raios de sol batendo em meu rosto.
O dia passou tão repentinamente , que pareceu ter o relógio muita pressa em trabalhar. Essas percepções não são raras...
E lá se vai o feriado sem deixar muitas saudades. Acho que um sentimento, apenas, de esquecimento.
Vivi um dia tão sem exaltações, mesclado ao trivial e alimentado por pensamentos que giraram em torno de expectativas , que são muitas para mim, deixando-me um tanto ansiosa e , ao mesmo tempo, alegre.
É a roda gigante que não para e nem se deixa levar por nada e nem por ninguém.
Sabe, leitores, daqueles dias que o texto sai apenas por sair.
Vou embora tomar meu banho, pois estou mais para os lençóis bordados do que para o clamor das seduções, que também têm a sua hora. E que hora!

domingo, 28 de agosto de 2011

E ÀS MINHAS VERDADES....

Sentada no sofá de minha sala comecei a observar , através das cortinas, o panorama urbano da minha linda Boa Viagem. Era um momento só meu e eu tinha necessidade de ver o adiantamento dos lindos e altos Edifícios, como se fosse único este momento. Talvez, até fosse. Ou é!
Domingo é sempre domingo, com seus momentos maravilhosos e alguns um tanto melancólicos.
Hesitei em fazer esta crônica. O escritor ou se desnuda tanto quanto eu, ou camufla determinados fatos para não dar lugar a uma possível tristeza, que poderá parecer,aos olhos de quem lê, uma pessoa infeliz ou solitária. Não é o caso, penso eu, que vivo muitos momentos de paz e de prazer.
Acho, porém, que ando brigando um pouco com o meu princípio lógico de identidade (O que é, é; o que não é, não é.). Essa luta se trava em minhas entranhas, na tentativa de não deixar transparecê-la ao público.
Como já disse, poderia , nesse caso, parecer uma contestação, que eu deixei de adotar na minha vida.Isso me fez bem....
Na tentativa de não alimentar qualquer pequeno traço de sofrimento, luto contra o que é e eu desejo que não seja.
Não sei se falo por metáforas ou utilizo uma defesa como mecanismo, muito conhecido pelos psicólogos.
Mas, a minha observação, pelas cortinas, constituiu um, quase, bom momento. Precisava abstrair o que nunca pensaria viesse a me acontecer.
Estou, novamente, pensativa. As reflexões fazem parte da minha vida. Deixo , mesmo, para a posteridade , o direito de lerem e relerem o que escrevi e dou lugar aos meus leitores, presentes e ocultos, a sensação de sentimentos, alguns nunca manifestados.
Interessante a vida: de tudo existe. Existem os que me apreciam e revelam, os ocultos, os possíveis arrependidos no futuro e eu, tão eu, dotada de muitos bons sentimentos, como tantos outros.
A crônica , eu quase hesitei em escrevê-la. Sem juízos de valores, guardem para a posteridade. Com certeza, darei lugar a julgamentos vários. Não pude deixar de desabafar. Aplausos à minha transparência e às minhas verdades...

domingo, 14 de agosto de 2011

FORAM DECLARAÇÕES TROCADAS...

Ainda passam das vinte e duas horas. Nem sei o motivo real que me fez quase passar o dia para escrever uma crônica sobre o Dia dos Pais.
Tive ímpetos de passar em branco, como se a emoção forte já não mais pertencesse a minha pessoa.
Há uma grande saudade do papai, de toda a nossa cumplicidade, da nossa família unida e reunida em torno da figura maior. Tantos ensinamentos e tantas heranças intelectuais.
Hoje , tudo isto terminou. Paira no ar a memória que não nos deixa esquecer quão feliz o nosso pai nos fez.
O tempo passa e , de repente, a figura do nosso pai se faz presente, mais presente ainda. Lembro de tantos momentos juntos, das conversas trocadas, das confidências feitas, das suas emoções e dos seus medos.
Papai sendo único para nós e sendo o homem doente que tanto pediu para não se ir. Das orações que nos pediu, dos instantes de felicidade e dos seus últimos momentos.
Papai , que eu chamei para me socorrer na minha maior aflição que tive.
A vida e as suas mudanças. Eu e meus irmãos sem a figura paterna, sofrendo juntos e nos agarrando ao legado que por ele foi deixado.
Dá uma vontade de viver o presente e acrescer o passado, como se retroagir fosse possível , sob uma esperança ausente por forças da razão.
Por outro lado, a homenagem da minha querida filha ao seu pai. Um pai dedicado, amoroso, orientador dos passos que mostrou a ela a realidade da vida, que, precocemente, lhe apontou, com carinho, o caminho do seu crescimento.
Esposo e pai, ao mesmo tempo, cumpridor de tudo que prometeu e como responsável que é.
Juntos, num almoço íntimo, em Restaurante onde só pais faziam a festa, comemoramos a felicidade do dia que se repete sempre, mas que hoje se fez maior. Foram presentes e foram palavras, foram declarações trocadas e o texto desde a mais tenra idade, quando ela repetia : Da sua única e querida filha, Lú.
Aos pais tão pais quanto ele e quanto ao meu pai já encantado, guardado no meu arquivo abstrato, um mundo de FELICIDADES!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

VERDADE SEJA DITA....


Acho que tinha muitos motivos , guardadas as grandes preocupações com figura fraterna doente, naquele momento. Vou rezar e tudo passará. Meus entes fraternos nunca serão rejeitados. Tenho um temperamento sublime, quase perfeito.
O fat é que amanhecera bem. A noite tinha sido bem dormida e bem tranquila. Trazia um semblante saudável e me vestia de maneira a me ajudar a constituir um bem estar , que penetrava na minha alma, tal qual eu sempre quis.Estava me sentindo jovem e chique...Perdoem a modéstia declarada!

A gente percebia que eu estava quase saltitante. Nem todo dia é assim. Saí explodindo de contentamento. Existiam, hoje, momentos que acarretavam a manifestação desta conduta. Mas, o pior é que tornar público é difícil.
Sexta- feira um tanto atípica, sem sombras de inquietações que fazem parte, também, de uma semana que termina sem novidades boas, como dizia minha mama.
Hoje foi diferente.
Escrevo este texto, pois é de obrigação e , até , de prazer meu externar o tamanho da beleza que preenchia o meu dia. Acho que dou asas à imaginação e passo adiante o que há de bom nesta vida tão complexa, muitas vezes, mas nem sempre.
Estranho como toda esta sensação me levava a sentir uma juventude que ainda insiste em habitar em mim.
Amadureci amando o que há de bom e conservando traços de contentamento, quase, infantiis, que me impulsionam e me deixam mais leve,mais solta e fagueira.
E a noite chegou . Já em casa , o ambiente lapidado, evidentemente, deu continuidade ao meu humor que pululava de satisfação.
Penso que estou mais nova, mesmo com a aproximação do meu aniversário, dia 18 de agosto. É o que referem os amigos queridos, não só para me verem feliz como por verdade seja dita.
Quero brindar a vida, a minha vida. Quem passou pelo que passei, vivi outra vez e só me resta comemorar. Aqueles que me aninham e me cativam estão na lista das palmas , mil vezes palmas...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

DOS PRIMEIROS PRAZERES....


A minha última crônica postada é para ser lida e relida. Não sei se os meus leitores chegaram a essa conclusão, mas acredito que muitos tenham feito, ou não...
Mas, foi de perder o fôlego. Passara do tempo de saber a realidade da vida, quando ainda permanecia eu na inocência dos pequeninos.
Muito sutilmente, talvez, devagar aos extremos, tomei conhecimento dos primeiros prazeres, que não se resumiam ao alimento e aos lazeres, poucos em minha época.
Guardo na lembrança as sensações que tive quando pude experimentar o prazer de viver com o outro as mais doces paixões.
Nada me assusta em relação ao pudor, hoje em dia. Vivi um tempo tão puro e puritano, que só a evoluçao me fez entender o permitido e o não permitido. Aliás,nem sei o que é o não permitido...Valha-me Deus!!!
Em tempos outros , o filme de Maria Schineider chocou o mundo, mesmo atraindo multidões ávidas pelo extremado. Tudo que foge do trivial, e que fuga, é motivo de muita atração.
Penso que fiquei avessa ao filme e temi pelo Julgamento de tantas aberrações. Que se apaguem da minha memória julgamentos que a mim não me pertencem.
Hoje, também, não saberia como julgar...
Naquele tempo não podia ser diferente. Afinal estava educada nos padrões rígidos de uma formação, pautada nos rigores do púdico.
Confesso que acabado o meu curso de Psicologia, sentia já uma avidez , que não se comparava aos tempos da meninice.
Há uma hora para tudo. A responsabilidade é também capaz de nos dar segurança e certeza dos limites dos nossos limites.
Admiro o belo e o prazer não me é indiferente.
Que fiquem para trás os tempos da antiguidade, de vestuários fechados e de inibições muito fortes. Assim , também, já é, quase, demais.
Há uma dose para tudo...