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DAMA DE VERMELHO

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

PELO MENOS UMA VEZ....


As horas se arrastam hoje, insistindo em não terminarem o dia. Após uma soneca, dessas que nos deixam, ainda, um tanto indolentes, pensei em fazer um conto. Nada melhor do que mudar o meu estilo, pelo menos uma vez.
Senti que não seria o momento. A inspiração florescia, mas eu me achava sem muita garra para topar esse novo texto.
Finalmente, o relógio bateu dezoito horas. Com o sol desaparecido, abri o janelão e me pus a olhar a natureza como quem quer desfrutar deste espetáculo natural, adentrando a noite.
A lua surgia com todo o seu esplendor e eu tentei aproveitar o momento, sem emoções que me tirassem de um estado de plenitude. Era preciso me desgarrar de um dia fatigante, onde o trabalho profissional foi o meu tema central.
Confesso, leitores, que o meu estado de espírito atual vacila entre a dureza da responsabilidade e o bem estar que me faz sentir viva.
Começo o dia muito cedo. Exercendo um tipo de trabalho intelectual, que envolve conhecimentos abrangentes e minuciosos, sinto que é preciso me abstrair mais do que faço.
Mas, o anoitecer está delirante. Nada de perder tempo com filigranas que não trazem nada de belo. Seria uma tolice de espírito e uma perda de tempo, tão ímpar parece a chegada da noite, aos meus olhos...
Quantas vezes tenho dito da minha vontade em fazer poesias e não poemetos, como denomino os que faço.
Na verdade, não estou excluída de ser poetisa. Ainda estou bem longe da idade em que Cora Coralina, grande escritora, começou a escrever. E que literatura nos deixou com o seu saber , somente manifestado com a idade já avançada.
A vida tem dessas coisas... e , ainda, tem gente que duvida de tudo que não constitui lugar comum.
Vivem sem ousadias, muitas vezes distantes de acreditarem que a vida é bela! e que o tempo sempre é tempo, sem divisões e sem turnos. Entendam, conforme tentei ser clara....

(*) a crônica está aí postada. Fiz com gosto. Leiam e comentem no blog.

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