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DAMA DE VERMELHO

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PODE SER GUARDADA E ESQUECIDA...


Madrugada fria, cinzenta, céu nublado e uma solidão que mesmo sendo povoada e requintada traz um quê de mistério e de temores.
Perco o sono e penso mil coisas de uma vez só, como se na minha mente coubessem tantos conteúdos, além do mais sem possibilidade de serem repassados, posto que, sendo só meus, não podem e não devem sair de mim.
Sensações várias que passam de coisas tão sutis quanto pessoais, íntimas e dignas de segredos , os mais picantes ou os mais inocentes. Também sou filha de Deus e, como escritora, tenho a transparência mais aguçada.
Tenho vivido e até revivido situações sem muito gosto de quero mais. Saio, muitas vezes, da minha zona de conforto para uns momentos de dissabores.
O meu modo de ser, com um lado pessoal de gostar de falar, de conversar e de confrontar opiniões tem sido abafado por circunstâncias diversas, que passam por irritações e problemas advindos dos outros que preferem se dedicar, ao contrário de mim, a um isolamento , onde o pensamento não passa pela vontade de socializar.
Diferentes as criaturas no seu modo de ser e de ver as coisas. Final de semana cheio de poucas diversões a serem desfrutadas me levam à leitura e à perspectiva da chegada do trabalho, exaustivo e de muita responsabilidade, mas , ao mesmo tempo, prazeroso na sua essência de contribuir para o crescimento da Universidade, sem deixar de ser um passatempo que ajuda no passar dos dias.
Sem depressão, mas com algumas insônias, vou levando a vida, antes que ela me leve.
A madrugada inspiradora dos poetas é também um momento de pensar e de repensar a vida , diante de uma escuridão que exacerba as sensações e as percepções de diminutos fatos.
Acho, sempre, que diversão deveria ser motivo de alegria. As inseguranças dos outros motivam os desagrados. Isso me atormenta uma vez que presencio. Ainda não consegui me ausentar do que não me pertence.Todos dormem e eu assisto a esse espetáculo com os olhos muito abertos, em noite que se torna um pesadelo...
Vou ao banho, como sempre. Este constitui um indutor do sono, um prazer que nos deixa mais leves, refrescados, cheirosos e , porque não dizer, inebriados.
Há uma leveza que substitui o peso desta madrugada insone e a pílula do esquecimento pode ser guardada e esquecida.
Amanhã tem shopping , na ausência da praia ainda nebulosa.
Valha-me Deus.

(*) a crônica da madrugada é muito igual.Leiam e comentem no blog.

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