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DAMA DE VERMELHO

sábado, 15 de maio de 2010

E TANTAS E QUANTAS OMISSÕES...


Falamos em modernidade como se, além de sedutora, não houvesse uma gama de perigos, de incoerências, de ufanismos, de desentendimentos, de omissões, de fomes, de grandes injustiças, de falta de dignidade e de confiança. A tristeza de não ser compreendida e acreditada. Valha-me Deus, como me dói essa conduta!!
Somos obrigados a nos resignarmos ou a nos trancarmos de portas fechadas a cadeados porque, caso contrário, corremos o risco de sermos alvo da violência. Apelamos para o uso das grades para que haja uma proteção mais completa. Essa é a vida que temos na modernidade, que sugere desenvolvimento e falta de atos violentos.
Há em nós todos um desejo de felicidade e toda uma falta de elementos que facilitem chegarmos até ela.
Como poderemos ignorar a tristeza dos que vivem brincando no barro, morando em favelas com os esgotos a céu aberto ou morrendo em hospitais sem recursos médicos e tecnológicos?
Há quem se tranque nos seus edifícios, verdadeiros feudos, fingindo não assistir ao espetáculo sombrio dos miseráveis.
Somos atacados por notícias trágicas e nos obrigamos a nos conformar com as mentiras que podem ser ditas pelos poderosos de alguma coisa.
A fome se alastra em todas as esferas e de todas as formas. Há a fome da barriga sem alimentos e a fome, que poucos admitem existir, da dignidade, da justiça, da confiança, do amor ao próximo, da honestidade e da solidariedade.
Uma simples necessidade básica que o ser humano, quase de joelhos, pede ao seu próximo, é ignorada e apela-se, o solicitado, para uma negativa que de verdade só tem o esforço, ou não, que teve para elaborá-la. A afirmativa é de que nem ouviu falar de tal e qual assunto.
A tecnologia avança a passos largos, com a internet ensinando o que é bom e o que não é . Temos acesso a esse avanço, enquanto criancinhas morrem de fome e da falta de tudo.
Ainda há os que julgam os indivíduos que nem poderiam ou deveriam ser julgados. E os que mereciam e saem pelas tangentes?
Há uma revolta a tantas e quantas omissões , às palavras ditas, usando, como principal conteúdo, a falsidade, a mentira e a bondade oculta.
O homem, como dizia o meu pai, "esquece que Deus o espreita." Aí estaria o medo da Justiça Divina.
E nessa caminhada vamos aceitando, aqui e acolá, as mentiras e as omissões que não podemos mudar, posto que somos pequenos e desiguais.
Deus seja louvado.

(*) A cronica de hoje sai um pouco maior. Há em mim um desejo de refletir, ao mesmo tempo que tento lutar e perdoar sempre.
Abordo um tema social, posto que é hora de acordar.... Leiam e comentem no blog.

3 comentários:

  1. Eliana, querida: excelente a sua crônica. Você abordou,com todo conhecimento de causa, o lado social da vida. Amei. PARABÉNSSSSSSSSSSS BEIJOS Fátima/ UPE

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  2. Olá, meu querido esposo: com o seu estímulo, eu vou longe, quem sabe? tudo caminha da maneira como deveria caminhar. Mil beijos, Eliana

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  3. Queridíssima Fátima: obrigada pelos elogios. Você é a certeza , que nunca faltou!!!!beijos, Eliana

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