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DAMA DE VERMELHO

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PERMANEÇAM EMUDECIDOS...


E lá estou eu, novamente, pensando na vida. Este é um assunto que, ao meu ver, nunca se esgota.
Desta maneira, com todas as suas nuances, umas maravilhosas e outras um tanto sem graça, vou tentando viver com leveza e serenidade , fazendo com que os momentos bons sejam consolidados e sirvam de base para o futuro , assim como os desagradáveis sejam superados.
Essa é a minha filosofia de vida. Tanto assim, que os atoleiros não me abalam mais e saio deles com mais segurança e menos medos.
Admito que não é fácil se chegar a conclusões como estas. Para isso é preciso vivência e um trabalho que implica se conscientizar que as perdas se contrabalançam com os ganhos.
Na maturidade há uma maior possibilidade de se chegar a um patamar menos tenso e a certeza de que o futuro (Aquilo que poderá vir) não pode ser, antecipadamente, previsto.
Sob o ângulo de quem já chegou a maturidade, os fatos podem ser vividos com mais amenidade do que quando , ainda, se é jovem. Mas antevê-los é difícil.
Concordo com a grande escritora/ poetisa Cora Coralina (Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretãs) , quando diz que da vida pouco, ou quase nada, sabemos.
Transcrevo o seu belo Poema:
Não sei...
Se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...
Se a vida é curta
Ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido,
Se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
´ lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que remove.
E isso não é coisa do outro mundo:
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.

Como Cora Coralina, escrevo para repetir o que ela diz:
Quando eu morrer,
não morrerei de tudo.
Estarei sempre nas páginas deste livro, criação mais viva.
Da minha vida interior em parto solitário.

E, aqui, eu, Eliana Pereira, acrescento:
Que o perdão me seja dado,
Que a minha voz, perdoando os insensatos,
Desta vez, seja ouvida.
Que aqueles que se calaram perante a minha produção,
Permaneçam emudecidos.
E que o sentimento de arrependimento
Não lhes faça morada.
Saberei, assim,
Que o mundo estava, muitas vezes, contra mim,
mas que hoje, ou amanhã,
Estarei com Deus.

A crônica está aí, postada com os meus olhos marejados de lágrimas. Leiam e comentem no blog. Com certeza, ficarei feliz!

6 comentários:

  1. Eliana,

    Apreciei, deveras, a sua crônica. No estilo intelectual, dou nota dez.

    Seu poema está excelente, verdadeiro e inspirado, demonstrando o seu alto nível.

    PARABÉNS!

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  2. Mainha,

    Seu texto está dos melhores: profundo,

    verdadeiro e irretocável!

    Sou sua grande fã.

    Beijos,

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  3. Esse foi um dos que mas me deixou emocionada,imagino vcê escrevendo ele.Divinamente inesquecivel.bjos sua eterna fã.Rosana Muniz.

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  4. Tiaaaaa!!!!! =D
    Q cronica LINDA!
    AMEI!
    Essa realmente BOMBOU!
    Beijaooo Nata.

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  5. Amiga, adorei seu texto, realmente vou ser redundante em dizer que ficou lindo e emocionante, porem sinto uma tristeza imensa, como se vc ja estivesse desisitindo de tudo e se despedindo, não sei se foi esta sua intenção, mas me transmitiu isto, espero que esteja enganada e que suas palavras sejam apenas um texto no estilo romantico, como outros grandes autores desse estilo. Beijo enorme no seu coração.

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  6. Grande amiga Shirley.

    O escritor é uma pessoa de muitos sentimentos e de muitas emoções.
    No momento em que escrevi o texto, pesava sobre mim uma necessidade de deixar registrado uma certa tristeza, que me abate quando sinto o desprezo de algumas pessoas.
    Não estou desistindo e nem me despedindo, ainda. Um dia esse poema, eu sei, virá à tona. Espero que demore um bom tempo!!!!
    Fiquei feliz com seu comentário. Você é nota MIL!!!!
    Beijos para vc, para a princesa ou para o príncipe...
    Adoro vc.
    Eliana

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