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DAMA DE VERMELHO

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"ENQUANTO HOUVER POESIA....."


Ainda estou perplexa. São tantas variáveis, acontecimentos e atitudes inusitados que, ao meu ver, não consigo decifrá-los com a facilidade que gostaria.
Sinto que a vida passa e que as incógnitas, muitas delas, não conseguimos encontrá-las, embora busquemos todos os tipos de soluções.
Há uma solidão povoada, que acontece aqui e acolá, e que me deixa desnorteada e com um sentimento de ansiedade, pré-angústia, que me agonia.
Tudo vai se sucedendo, sem que cheguemos a um ponto final conclusivo e tão favorável quanto queremos.
Às vezes, se pensa que o núcleo familiar, do qual os filhos participam porque ali nasceram, tem que ser maravilhoso e sempre em paz.
Acho que se temos que Honrar pai e mãe, temos que honrar filho e filha. Ainda não se admitiu essa verdade, ou poucos reconheceram.
E o caminho , vamos ultrapassando, com descaminhos, ou não. Admito que a minha sensibilidade aguçada, tal qual o do grande escritor Oscar Wilde, me faz ficar mais perplexa e , por que não, inconformada?
Se falo por metáforas, superficiais ou não, é porque quero ser entendida pela metade.
Não descobri muito cedo que da infãncia trouxe as raízes de muitos e tantos e quantos comportamentos.
A essa altura do campeonato, vou deixando que tudo que é problema, advindo da tenra idade, fique adormecido. Acordá-lo poderia provocar uma revolução. Sigmund Freud, também, concordava, algumas vezes...
Tenho tantos insights que, por vezes, imagino que o intelecto tem influência direta nessas tomadas de reações.
Só sentando diante do mar, sou capaz de encontrar a paz completa , que tanto almejo em dias sem muitas ocupações.
Escrevo com diferentes temas para não focar o que não posso revelar em dias improvisados, como este. Mas, a minha coerência nas idéias não permite que se afirme uma obnubilação. A não ser que os leigos andem soltos.
Mas, deixemos esses pensamentos para lermos o que disse Nilo Pereira, meu pai, quase único na sua poesia e como escritor:
"Enquanto houver poesia,
Enquanto o homem olhar as estrelas,
Enquanto a lua descer virginalmente sobre o mar,
Envolta na sua lírica toalha de prata,
Enquanto o canto dos pássaros for ouvido-
O mundo poderá saber que nenhuma razão
Explicará sozinha a Criação e o Criador."

Papai: você encerrou com chaves de ouro o meu texto!!!

(*) A CRÔNICA É SUA PAPAI. É UMA RECORDAÇÃO SUA.
Como disse Oscar Wilde: "Recordar é viver."
Leiam e comentem no blog.

Um comentário:

  1. Eliana,

    Você escreve tão levemente , suavemente e, ao mesmo tempo, toca em nossas almas.
    Amei o seu texto. Como o seu pai, Dr. Nilo Pereira, você tem a marca registrada dele.
    Lindo poema.

    beijos, Fátima Brandão

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