É um espaço para reflexões minhas, para relatos do cotidiano,algumas abordagens psicológicas, impressões pessoais sobre sentimentos, em forma de crônicas, textos e poesias, em alguns momentos. Espaço para Pensamentos de autores e Destaques para o escritor Nilo Pereira, através de Frases que marcaram a minha vida, como filha e como admiradora.
A preferida
domingo, 31 de outubro de 2010
A MENINA QUE JÁ FUI....
A gente vai levando a vida, antes que ela nos leve.
Confesso, leitores, que não é fácil aprender a conviver com os indivíduos, principalmente, quando se tratam de pessoas lábeis de humor, cujos comportamentos e atitudes variam a cada dia. É preciso peito e muito traquejo. Ainda bem , que tenho , ou se não tinha, consegui adquirir...
Foram tantas auto análises a que me submeti que acabei mudando o meu limiar de aceitação. Hoje, posso dizer que tenho um altíssimo limiar, que me faz suportar, sem sofrimentos e com muita compreensão, tudo que vem do próximo.
Ao lado disso, a minha profissão de psicóloga, mesmo não tendo sido escolhida a contento, me fez ter uma aceitação positiva incondicional, que me ajuda nos relacionamentos e nos "rapports" mais difíceis.
Lembrei, nesse momento, que sexta feira passada estive um pouco insatisfeita, ou por outra, impulsionada a perder o meu equilíbrio, como disse , em outras palavras, presente sempre na minha pessoa.
Foi engraçado à beça. Um tanto fragilizada, senti vontade de chorar por um fato e chorei por outro...
Tenho, até, vontade de rir. Como chorar na frente de Beltrana não me seria bom, chorei na frente de Cicrana por um medíocre fato.
Não sei , meus leitores, se isso já aconteceu com vocês. A gente chora, num determinado momento oportuno, por algo que não é o presente e perante outra pessoa,
que não é aquela!!!
Penso que escrever à moda picante todo dia não é bom.
Faço , assim, um texto que ameniza e é leve. Tão leve que surpreende. Ou não?
É como se eu fosse, hoje, a menina que já fui...
(*)a crônica sai pequena e bem dosada, conforme pede o dia de domingo. Leiam e comentem no blog. A autora aprecia.
sábado, 30 de outubro de 2010
OUTRA NOITE DESSA....
A noite esteve parada. Estava um tanto só, por motivos que a própria vida justifica.
Fui lá e cá, busquei inspiração e , por algum tempo, fiquei embotada. Às vezes, isso acontece. Para o ânimo, enquanto o vento insiste em balançar as folhas de coqueiros que fazem a ornamentação da praia, enquanto beleza natural.
Apelei para os meus costumes habituais e que incluem, essencialmente, o meu banho, tomado com toda a minha sensibilidade tátil e os meus devaneios espirituais.
Fui feita de forma natural e lapidada a lá Narciso.
Pior seria, não tivesse essa maneira de ser. Sinto-me, assim, mais contente, mais mulher e menos só. Que entendam, vocês, a minha natureza, sem amarras, mas dentro dos limites que explicam o ser humano escrupuloso, sem pecados e com direito, apenas, à busca do bem estar, sem malícias e nada mais...
A noite esteve parada. As novelas perderam, nessa hora, o estímulo de todo dia. Havia um silêncio que falava e palavras emudecidas...
Difícil compreender esses trocadilhos. Em noites diferentes vale quase tudo. Pouco importa o que pensam e os juízos que, muitas vezes, fazem. Sou autêntica e sem muitos freios, desde que não ultrapassem as expectativas pecaminosas de quem gosta de maldar.
Como sempre, criei o panorama. A varanda aberta mostrava o mundo feito de verdades e de enganos. Havia uma beleza natural e uma gente artificial, cujas máscaras só caem em suas casas.
A noite esteve parada. Mas, como vocês leram, eu estive criativa e realizei sonhos.
Posso dizer que a noite parada provocou os meus desejos e eu me senti contente. Tão contente, que, novamente, espero outra noite dessa!!!
(*) A CRÔNICA SAIU EM FRAÇÕES DE SEGUNDOS, APESAR DO EMBOTAMENTO PASSAGEIRO....LEIAM E COMENTEM NO BLOG...
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
A NOITE ESTAVA UM DESLUMBRE...
Passava da meia noite, bem mais da meia noite. Nem sei o motivo concreto pelo qual não conseguia dormir. Estava bem, mas havia algo de inquietação que me tirava o sono, que me deixava pensativa. Refletia sobre um grande número de acontecimentos.
Na tentativa de ajudar , psicologicamente, um amigo, passara da hora de dormir. Nisso, fiz muito bem. Para tanto, fiz Psicologia.
Aliado a isso, via que o meu blog tomava rumos inesperados e muito gratificantes. Estava contente e esse contentamento me deixava insone.
Com toda essa inquietação motora, nada me deixava insatisfeita.
Criei um panorama. Boa Viagem, por si só, já é linda. Abri as cortinas verdes clara e o janelão, curti a noite estrelada e quase alucinei o canto dos pássaros, na minha varanda que eu tanto amo.
Com toda essa descrição, dá para o leitor imaginar e muito mais...
As nuvens eram verdadeiras pareidolias. Olhei para o céu e vislumbrei papai. Como seria o céu? Onde estaria o meu pai, naquele momento?
Lembrei-me das minhas últimas conversas antes dele partir, para onde, não sei.
Ele me dizia: "não quero ir embora". "Todos que vão, não voltam para dizerem como é lá."
Voltei o meu pensamento para as estrelas. A noite estava um deslumbre!
Neste momento , orei por minha mãe no seu leito, sofrida. A noite era uma mistura de satisfação e de sofrimento, amarguras pela minha mãe que sofre.
Mas, precisava relaxar um pouco. A gente se energiza quando vive o momento de felicidade, com todos os sentidos.
Sem dúvida, que sou notívaga. Uma vez acordada, precisava aproveitar a noite. Em casa, também, nos alegramos e vivemos momentos maravilhosos.
Quase me perdi na noite. Precisava dormir, mas não queria. Quase pedi a Deus para prolongar esse momento.
Às vezes, sentimos que o instante não devia acabar.
Entrei em casa, tomei um banho, dormi e sonhei além dos meus desejos...
(*) a crônica parecia estar pronta em minha mente. Leiam e comentem no blog. A autora aprecia e se sente feliz.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
E DO NADA, O VAZIO....
Sempre falo do amor e gosto de defini-lo como sendo doação plena.
Evidentemente, que em um cenário favorável, costumo ver o amor com mais paixão, mais ardente, mais atração, mais apetite, mais beleza, enfim mais lirismo e mais romantismo.
Escrevo sobre o amor dos casais que incluem namorados, casados,amantes e tudo que tenha a essência de um amor , não só espiritual, como fisicamente amor.
O tema é vasto e inclui variáveis outras que envolvem , também, a palavra, o silêncio, o olhar, as carícias e as mais diversas declarações.
Alguèm já falou no silêncio dos amantes às escondidas. O mistério de quem ama em conflitos, com escrúpulos, mas com muita paixão e, muitas vezes, com o bem querer.
O amor dos jovens. O exemplo de Romeu e Julieta, que ninguém fala mais. A ternura de quem se dá sem pedir nada em troca. O amor que perdoa sem que se precise pedir perdão.
Debaixo de uma noite estrelada, a inspiração flui, os enamorados fazem poesias e se entrelaçam num amor que julgam eterno e verdadeiro.
Paro diante de algumas indagações: até onde vai esse amor? ele sempre será eterno e a chama da paixão não se acaba? como confiar em tudo e como não ter medo de uma realidade irreal?
A vida , nem sempre, nos leva por caminhos em linha reta. Apressar o rio seria uma insensatez e acreditar em tudo seria bom?
A modernidade e a pós modernidade levou-nos às descrenças. Há um lado que acredita e outro que desconfia.
A Literatura, envolvendo , até, os tempos mais remotos, nos mostra o lado avesso e temporário de um amor que, talvez, nunca tenha sido amor. As traições, os destemores a Deus, o esquecimento do humano, a responsabilidade oculta, os filhos, nascidos de um momento único e passageiro.
Que será dessa juventude de hoje?
E onde ficaram as poesias enganadoras, enquanto passageiras?
O mundo parece caminhar num descaminho de desconfianças e, muitas vezes, de amarguras.
É , nesse momento, que prefiro fazer do tudo o todo e do nada, o vazio....nadar nas ondas, achar-me em mim própria , iludir-me sem excessos, ter ciência e consciência das mudanças.
Mas, que os amantes ainda acreditem. Tirar as esperanças seria um desrespeito!
(*) a crônica reflete o mundo de hoje , na crença/descrença do amor. Leiam e comentem no blog.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
MAS , O ESPAÇO É MEU...
Lembro-me, como se fosse hoje, de um concurso Público a que me submeti com garra e muito estudo. Nem um carnaval tão curtido ficou em minha memória como essa seleção. Concorri, com mais de cinco mil candidatos,BEM MAIS, para o cargo de psicólogo, onde tinham cinco vagas.
Como já disse, sempre fui estudiosa além da conta. Vairava as madrugadas e acordava com os galos, pois , muitos sabem da minha história, queria passar e passar bem.
Valha-me, Deus, quanta injustiça. Tirei a segunda nota mais alta. A douta Comissão, pecadora e sem escrúpulos, arranjou uma maneira de me colocar em sexto lugar...
Entrei com um Processo Administrativo e depois com um Judiciário. Na primeira instância, perdi.
Vocês sabem , leitores, cada juiz uma sentença. Fui cair nas mãos de um que não dava ganho de causa para funcionário público nem que "a vaca tossisse." E o pior que depois de dar a sentença, morreu dias após. Aí, a vaca tossiu, porém de nada adiantou mais. Que Deus o tenha, na Sua Justiça.
Ainda estou na Justiça. Espero pelo julgamento final, depois de exequentes as convicções, cumpridos os trâmites normais...
Impressionante essa minha lembrança de ontem para hoje, quando já tinha colocado esse assunto para dormir no inconsciente. Já estava roncando.
Mas, a voz do inconsciente é baixinha, mas muito INSISTENTE....
Além do mais , no último dia de validade do concurso, rezei por todos os cinco participantes da douta Comissão. Nem sei o que dizer de cada um. Aprendi com meu pai: "Cala-te boca."
Mas, para falar a verdade, essa minha recordação que veio, sem explicações, nesta hora, tem um motivo . "Nada acontece por acaso."
No mínimo dos mínimos alguem desta equipe ou alguns ou todos estão em apuros. E, agora, José?
Sem desejos de vinganças, pois nunca fui disso, será que a roda gigante girou desenfreadamente?
Que Deus seja por eles e por mim, também. Muito mais por mim. Hajam ganhos e retroativos...
(*) a crônica é um desabafo. Tem chão tremendo. Olha que sou intuitiva e perceptiva. Deus seja louvado. Leiam e comentem no blog.
É uma crônica muito pessoal, mas o espaço é meu....
Amanhã, prometo filosofar...quem sabe!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
E NEM O CANTO DOS PÁSSAROS....
Perdoe-me meu pai, se esta madrugada não teve estrelas e nem o canto dos pássaros escondido nelas, como sempre acontece.
Não sei se me acordei n vezes ou se sequer dormi. Estou fatigada. Acho que mágoas e ressentimentos, quando poucas vezes me acometem, me levam ao auge do sofrimento.
Estou, sim, exausta e exaurida. Por mais que não queira falar em mazelas, hoje não dá.
Pensei que não conseguiria atravessar essa madrugada, tamanha a minha angústia e a minha falta de sono. Mas, não posso perder a fé e nem tão pouco esquecer que Deus não dorme.
Aprendi, a forceps, a ser outra mulher. Isso já se faz um tempo . Daí tomei decisões várias que não permitem me abater perante o mal que as pessoas provocam. Estaria sendo fraca e, isto, eu não posso.
Escrevo para o mundo. Tenho consciência disso, mas também sei que algumas madrugadas são terríveis para muitos. Eu escrevo e vocês se identificam. Camuflar ou reprimir não são mecanismos de defesas dos melhores.
Falo para desabafar. Talvez, quem sabe, este meu desabafo não seja um desabafo em grupo, de tantas ou quantas pessoas, trazendo, por vezes, lembranças do passado,que o presente curou.
Poderia calar-me. Falar das flores, ao invés dos espinhos. Falar da " carícia invisível dos ventos" e não da escuridão sofrida de uma noite insone.
Leitores, nesse tempo todo, já conquistamos uma fidelidade e um amor recíproco que me fazem ser autêntica.
Na verdade, já nos conhecemos e já nos reconhecemos. Não dá para mentir...a minha linguagem traz um quê de autenticidade, que vocês já sabem confirmar.
Mas, a madrugada passou. As sequelas, vou tratando como posso.
A madrugada passou como haveria de passar.
Agora, que o barco da vida me conduza devagarinho. E que Deus esteja ao meu lado, dando forças e muita paz!
(*)a crônica saiu em frações de segundos. Leiam e comentem no blog. Há sempre algo a dizer...
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
"ENQUANTO HOUVER POESIA....."
Ainda estou perplexa. São tantas variáveis, acontecimentos e atitudes inusitados que, ao meu ver, não consigo decifrá-los com a facilidade que gostaria.
Sinto que a vida passa e que as incógnitas, muitas delas, não conseguimos encontrá-las, embora busquemos todos os tipos de soluções.
Há uma solidão povoada, que acontece aqui e acolá, e que me deixa desnorteada e com um sentimento de ansiedade, pré-angústia, que me agonia.
Tudo vai se sucedendo, sem que cheguemos a um ponto final conclusivo e tão favorável quanto queremos.
Às vezes, se pensa que o núcleo familiar, do qual os filhos participam porque ali nasceram, tem que ser maravilhoso e sempre em paz.
Acho que se temos que Honrar pai e mãe, temos que honrar filho e filha. Ainda não se admitiu essa verdade, ou poucos reconheceram.
E o caminho , vamos ultrapassando, com descaminhos, ou não. Admito que a minha sensibilidade aguçada, tal qual o do grande escritor Oscar Wilde, me faz ficar mais perplexa e , por que não, inconformada?
Se falo por metáforas, superficiais ou não, é porque quero ser entendida pela metade.
Não descobri muito cedo que da infãncia trouxe as raízes de muitos e tantos e quantos comportamentos.
A essa altura do campeonato, vou deixando que tudo que é problema, advindo da tenra idade, fique adormecido. Acordá-lo poderia provocar uma revolução. Sigmund Freud, também, concordava, algumas vezes...
Tenho tantos insights que, por vezes, imagino que o intelecto tem influência direta nessas tomadas de reações.
Só sentando diante do mar, sou capaz de encontrar a paz completa , que tanto almejo em dias sem muitas ocupações.
Escrevo com diferentes temas para não focar o que não posso revelar em dias improvisados, como este. Mas, a minha coerência nas idéias não permite que se afirme uma obnubilação. A não ser que os leigos andem soltos.
Mas, deixemos esses pensamentos para lermos o que disse Nilo Pereira, meu pai, quase único na sua poesia e como escritor:
"Enquanto houver poesia,
Enquanto o homem olhar as estrelas,
Enquanto a lua descer virginalmente sobre o mar,
Envolta na sua lírica toalha de prata,
Enquanto o canto dos pássaros for ouvido-
O mundo poderá saber que nenhuma razão
Explicará sozinha a Criação e o Criador."
Papai: você encerrou com chaves de ouro o meu texto!!!
(*) A CRÔNICA É SUA PAPAI. É UMA RECORDAÇÃO SUA.
Como disse Oscar Wilde: "Recordar é viver."
Leiam e comentem no blog.
domingo, 24 de outubro de 2010
E DE MUITO MAIS...
Engraçada e interessante é a vida. Os indivíduos pedem solidariedade e aconchego. Querem estímulo e bem querer. É bom ser reconhecido e bem comentado. Valha-me Deus, que não entendo.
Há sempre o reverso da medalha. A necessidade de reconhecimento não pertence a poucos, é inerente a quase todos. Eu que o diga, com os meus conhecimentos de Psicologia.
Estive pénsando e me perdendo em mil reflexões. Se reconheço a minha necessidade de afeto, também já sei que necessito de reconhecimento. O ser humano é único , mas não tão diferente em suas necessidades. Em alguns mais exacerbadas , em outros menos.
Interessante é que essas duas necessidades, de que falei , também as tenho.
Foi quando me questionei: será que recebo tanto quanto dou?
Dei uma parada e resolvi ser mais transparente do que tenho me mostrado. Escrevo para o mundo tal qual todos os blogueiros.
Hoje me vejo mais reconhecida. Alcancei um patamar de satisfação que esperava já se faz um tempo. Tive paciência e perseveração...
Quando se tem um pouco de certeza, quando a percentagem (de hereditariedade e de convivência) é muito e muito considerável ( no caso, com meu pai, escritor Nilo Pereira), esqueço o silêncio e me delicio com os meus próprios juízos de valores. E por que não?
Vida, vida minha, precisamos entendê-la dia sim, dia não. Necessitamos aprender a nos conduzir, mesmo que não seja logo.
Um dia chega a verdade, trazida seja lá de onde for. E mehor que chegou e muito...
Por isso, digo lá: "Ri melhor quem ri por último."
Será este o caso? Pelo sim e pelo não, vamos lá, mesmo debaixo do tempo frio , que não é o de outubro.
A vida tem dessas coisas e de muito mais....
(*) A CRÔNICA SAI EM FRAÇÕES DE SEGUNDOS. Leiam e comentem no blog. A autora aprecia e muito.
sábado, 23 de outubro de 2010
A GENTE SUMIU....
Solidão, chegaste tão de repente,
Sem avisos e sem que fosses benvinda.
Há muito não te quero
Há muito não te chamo....
Estava esquecida dos sentimentos
Que trazes de amargura e de abandono,
Não te procurei.
Penso que chegaste numa hora minha de abandono.
Senti você quando me senti sozinha, na dor.
Não tive como mandá-la embora.
A gente sumiu e tu ocupaste o lugar.
Não te gosto e não te procuro.
Vou afugentar-te.
Na vida , penso que não estou só.
Hoje, foi tudo diferente...
Amanhã, não te quero mais.
Amanhã, serei maior!
(*) leiam e comentem no blog.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
OSCAR WILDE E SUA SENSUALIDADE ESTÉTICA...
Lembro-me ,hoje, dos meus tempos de Faculdade,estudante de Psicologia, quando recebi a tarefa de fazer uma análise da personalidade de Oscar Wilde,através da leitura do seu livro: O Retrato de Dorian Gray.
O livro me fascinou desde as primeiras páginas. Fui aos céus de tanto contentamento.
Li o livro em páginas de ouro, pertencente ao meu pai , escritor Nilo Pereira.
Não poderia ser diferente. A atração pela obra tinha uma razão de ser.
Com toda a minha imparcialidade, não pude deixar de lado a minha identificação com o autor no que diz respeito aos seus traços marcantes de narcisismo e, principalmente, de sensualidade estética.
Afora o seu lado homossexual, não identificável com a minha pessoa, traço este que revolucionou as pessoas de sua época, o escritor e pensador Oscar Wilde viveu um tempo que não parecia ser o seu. Muito avançado para a sua época, nos deixou um legado literário que, provavelmente, agradou a gregos e a troianos...
No trabalho, dei ênfase ao seu lado de sensualidade estética, encontrado nos indivíduos que cultivam uma grande necessidade de viver no requinte e de olhar o que é belo.
O livro é uma obra prima.
Oscar Wilde era tão, somente, esteticamente sensual que leiam bem o que ele disse num quarto, um tanto desgastadas as paredes, estando ele muito próximo da morte:
" Este papel de parede
Ou ele se vai
Ou eu me vou."
Tenho eu mais o que acrescentar sobre a sensualidade de Oscar Wilde?
(*) a crônica é uma chamada ao conhecimento mais aprofundado do escritor Oscar Wilde. Leiam e comentem no blog. É sempre bom para a autora.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
UMA GRANDE CAMINHADA....
Viver pode não ser fácil. Há muitos e muitos tempos tenta-se criar mitos que expliquem o nascimento e a morte. Essas tentativas, muitas vezes, se confundem com falsos enganos.
Quando escrevo sobre a vida, tenho a certeza que faço superficialmente. Falo sobre a morte, tentando, sempre, um viver feliz.
Por mais que o mundo se transforme e a tecnologia avance, continuamos tendo, praticamente, as mesmas emoções.
Sinto que esse tema suscita indagações e questionamentos. Somos, geralmente, medrosos, recuados e não muito ousados, mas tenho certeza que bobos, totalmente, não somos e nem seremos.
Há , muitas vezes, um tributo à acomodação. Difícil encontrar quem realmente seja tão ousado a ponto de construir a sua própria história. É necessário dar um sim a si próprio.
Tenho andado a refletir. Este é um assunto coberto de enigmas e de muitos mistérios , que não são triviais.
O escritor busca fundamentos e provas que expliquem o desenrolar da vida, tal como vem se apresentando.
Os indivíduos passam por situações que são favoráveis e outras que lhe são adversas. Saber driblar os acontecimentos e conviver com a roda gigante, que é a vida, pode não ser fácil.
As emoções acontecem num patamar de igualdade no mundo, pode-se dizer, todo. Uns indivíduos mais audaciosos e outros mais fracos.
A morte, como final da vida, é outro ponto de questionamento. Ninguém, geralmente, quer morrer. Atravessar os atoleiros se torna perigoso, em muitos casos.
Prometo me dedicar ao estudo da vida, em seus aspectos mais profundos.
Alguém disse: "Viver é subir uma escada rolante pela escada que desce."
Memorizada essa frase, fiquei pensativa e, ainda estou. Assim sendo, farei desse esforço de viver uma grande caminhada!
E conto com vocês, leitores, dia e noite, noite e dia....
(*) a crõnica sai num tom um pouco diferente, ou não....leiam e comentem no blog. A autora aprecia e fica feliz.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
QUEM TIVER ARGUMENTOS....
Sempre que leio, gosto de memorizar as palavras chaves. Essa é uma das maneiras de saber, depois, fazer uma redação, um resumo e, até, contar , para algúem o que li. Isto é, se valer a pena. Conversas fiadas, é até bom esquecê-las.
Não faz muito tempo li um livro emprestado de amiga minha, onde a frase : "´A morte é a meta da vida" estava circulada e bem grifada.
Qual o quê, fiquei contrariada. Valha-me Deus, eu que nunca seria capaz de me deixar enfeitiçar por tamanha colocação. Para mim, a meta da vida é viver feliz. Isso, sim.
Se a morte é o final da vida, aí são outros quinhentos...
Conversa vai, conversa vem, comecei a pensar que a vida é feita de escolhas. Evidentemente, dentro das nossas circunstâncias, onde, para mim, não existe tempo. Em qualquer idade, posso criar maneiras para me sentir bem, já que nem a maturidade representa o desabrochar do final e nem a velhice quer dizer solidão.
Tenho reiterado nesse meu ponto de vista, contribuindo para que as pessoas escolham os seus melhores caminhos, lutando contra o desânimo e fazendo com que as opções de vida, que são muitas, sejam tomadas, visando sempre o seu bem estar.
Não existem mais motivos, nesse mundo em que vivemos, de nos deixarmos levar pelos inconsequentes e frios de ânimo.
A vida está aí, para ser vivida e bem vivida. Quem duvidará disso?
Posso , até, dar um depoimento, afirmando dos meus crescimentos interiores , que se refletem no exterior e onde a minha segurança, adquirida na maturidade, me faz ser notada , de forma mais efusiva, do que em outras fases.
A vivência nos dá muitas lições. Se soubermos tomar rumos que nos levam à felicidade, estaremos conquistando o melhor que a vida nos dá. Com certeza, seremos mais queridos, mais atraentes e bem mais felizes.
Aqui, não posso deixar de citar a frase da grande escritora Lya Luft:
"Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar."
Duvide, quem tiver argumentos...
(*) a crônica foi escrita em frações de segundos. Leiam e comentem no blog. A autora aprecia e muito...
domingo, 17 de outubro de 2010
DE FALAR E DE CALAR....
Como disse o poeta Rainer Maria Rilke," a alma do outro é uma floresta escura."
Tenho refletido sobre a incomunicabilidade humana. Há sempre um receio diante do desejo e, até do fascínio. Há um medo de causarmos mal entendidos, além de mágoas que podem acontecer imotivadamente.
Gosto muito de me comunicar. Procuro construir pontes. Não desejo ser uma pessoa isolada, embora , muitas vezes, surjam, no meu caminho , paredes que se tornam empercilhos na minha socialização.
Não, não é fácil a comunicabilidade entre os homens. Às vezes, somos de uma timidez aguçada, somos arrogantes, guardamos rancores ou somos muito inseguros.
Nas minhas observações, tenho concluído que , para começo de conversa, olho , inicialmente, o outro com suspeita. Não tenho uma certeza de que sou bem entendida, posto que tenho produzido incompreensões que me dão medo e tristezas.
Tenho a impressão, quase verdadeira, que todos nós guardamos um pouco de mistério e de privacidade. Assim sendo, não nos tornamos tão transparentes quanto necessário.
Na melhor das hipóteses, não será um erro admitir que a incomunicabilidade humana existe. Isso se explicaria pela falta de total conhecimento de nós mesmos, pior dos outros. Sentimo-nos infelizes e tristes, sem sabermos exatamente o porquê. Isso, muitas vezes.
É preciso um equilíbrio. Mesmo assim, nem sempre a comunicação flui.
Tenho medo e medos. Quantas vezes esqueci que cada indivíduo é um indivíduo e acabei caindo em atoleiros de incompreensões.
Estou introspectiva. Sinto que necessito usar bem o silêncio e a palavra. E que Deus me acompanhe. Não quero ser vítima e nem quero atingir o outro , involuntariamente.
Quero ter a dádiva de um dia saber como me comunicar bem: no trabalho, no casamento , enfim, nas minhas relações interpessoais.
Que a minha rotina e o meu mistério sejam entendidos, totalmente, através de minhas palavras e dos meus silêncios.
Que não tenhamos medos de falar e de calar.
Eu diria, acrescentando a frase do grande poeta, que a alma do outro é uma floresta escura e INDEVASSÁVEL!!!
(*) a crônica sai pensada . LEIAM E COMENTEM NO BLOG. Fico feliz
sábado, 16 de outubro de 2010
DO SENSATO E DO INSENSATO...
Estou em plena madrugada. Não a sei definir bem. Há um silêncio que fala, mais alto, dos sentimentos que , durante o dia, permaneceram, quase, emudecidos.
Madrugada misteriosa, fria, mas, talvez, mais inocente. Todos dormem. As vozes estão caladas. Não ouço as discussões e nem o tilintar do telefone que chega, por vezes, trazendo os inusitados problemas, difíceis de serem entendidos e resolvidos.
Dizia Nilo Pereira, meu pai, que "a madrugada é o canto de Deus, escondido nas estrelas." Ele sempre foi poeta!!!
A noite permanece escura. Há um resquício notívago, mesmo que a madrugada já anuncie o dia. Sinto, com profundidade, o meu eu. Sozinha, posso pensar, de forma mais exacerbada, tudo que eu vivo, e reviver momentos , que ficaram na memória, ainda sem solução final.
Mas, estou sozinha e bem resolvida. Já não existem os temores e as inseguranças daqueles que pararam no tempo, negando-se a crescerem e a encontrarem a paz que o amadurecimento nos dá.
Pego um livro. Com tanto silêncio, posso assimilar melhor as palavras escritas nas entrelinhas ou, dubiamente, registradas. Isso é gratificante.
Lembro de muita coisa: do sensato e do insensato. Perdoo e esqueço , mesmo não tendo razão para não lembrar. Corações bons agem com benevolência.
Há um quê de amor no ar. Esta , também, é a hora de se amar. Que seriam dos casais e dos amantes sem as declarações e os carinhos trocados?
A madrugada , ainda, é madrugada. Vou tomar um banho. Faz parte de um ritual que, agora, está lapidado pela minha conscientização mais sólida quanto ao bem que me faz ser outra mulher...
(*) a crônica está aí: mais sensível e mais noite. Cheia de amor e de fantasias. Leiam e comentem no blog. A autora se sente feliz...
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
AOS MEUS OLHOS...
Aos meus olhos, a noite está linda. Na varanda da minha casa, coloco a minha cadeira confortável e fico a olhar o céu estrelado e com uma lua cheia , brilhantemente atraente.
Sempre tive este prazer, quase um lazer, em ficar admirando o azul celeste. Fico pensando e sinto como se estivesse tendo um encontro com Deus. Nesse momento, faço os meus pedidos, rezo e agradeço a Ele por tudo que tem me dado e as vezes que me ofertou a paz. Passo a sentir uma paz celestial!
Aprendemos, desde cedo, que Deus está no céu. Assim sendo, ainda hoje, olho para o céu e me lembro que Ele mora lá.
Saio, um pouco, das minhas fantasias que ontem estiveram tão presentes.
Necessário sonhar e , também, pisar no chão, sentindo a realidade , também, presente em nossas vidas. Aí é que sinto que mudei.
O que seria de mim se tivesse permanecido a mesma ?
Vejo com olhos diferentes, reconheço os meus ganhos, lido com as perdas, perdoo o meu próximo e me modifico para , em determinados momentos inusitados, não sofrer.
Não esqueço de minha mãe. Na certa, hoje ou um dia, ela me entenderá e se encontrará comigo. Aí eu terei achado aquela paz que o tempo me tirou..
Estou tranquila porque aprendi o que a juventude não me tinha feito enxergar. Hoje, madura e amadurecida, estou mais segura , por que não?
Sou mais eu e menos o que muitos pensam de mim...
Isso é crescimento que faz bem.
(*) a crônica saiu em frações de segundos. Leiam e comentem no blog.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
TÃO IMAGINÁRIA COMO MARAVILHOSA...
Penso que voltei. Estou inteira e serena. Não voltei de uma viagem a algum lugar. Voltei dos meus pensamentos, além, muito além da minha imaginação.
Nesta minha viagem sonhei com o melhor. Nada me aperriava e nem me aborrecia. Eu fui rainha e fui princesa. Vivi num mundo de paz e de muita tranquilidade.
Aprendi o que me fascinava , perdoei e entendi a mim mesma. Foi uma viagem ao universo da felicidade. Nada a me recriminar e nem amarras para me fazerem disfarçar os meus erros e as minhas estranhezas.
Enganam-se os que imaginam que viajar tem que ser para algum lugar concreto. Essa viagem pode ser tão imaginária como maravilhosa.
Eu me transportei e fiz, em sonhos, o que desejara. Era necessário, apenas, me aceitar e me respeitar.
Mas, hoje me deu saudade deste espaço, onde falo da realidade e das fantasias. Onde sou gente que desejo ser, onde libero as minhas tensões, onde tudo é tudo, sem ameaças e sem tristezas. Lapidada pelo amor e pela solidariedade.
Voltei, voltei sim. Não havia nada a me recriminar e nem a me corrigir. Eu fui eu , da forma que quis ser, sem você e sem eles...
Talvez a grande poetisa, Clarice Lispector, tenha algo a nos dizer, em suas palavras , e que nos façam compreender melhor as nossas atitudes estranhas, mas nossas e sem direito ao desrespeito:
" Não me corrija. A pontuação é a respiração da frase, e minha frase respira assim.
E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."
Calo-me diante de tanta poesia!
(*) a crônica é a minha inspiração do dia. Leiam e comentem no blog.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
VOANDO ALTO...
Ao invés de cortar as minhas asas, aprendi a voar mais alto, encontrando motivos de felicidades e de muito amor. Não podemos deixar que a nossa paz vá embora quando não se tem condições para viver sem ela.
Tantos sentimentos experimentados e misturados, incluindo momentos de alegrias, de tristezas , de companheirismo, de solidão, de lazeres, de desprezos e de muitas gratidões, me levaram a vivenciá-los, cada um de maneira diferente. Essas vivências me serviram de alicerce para separar tudo que me faz bem e o que não faz...
Hoje sou uma mulher realizada, por vezes, talvez, visada com bons olhos , e possuidora de muitos sentimentos de bondade. Enfim , estou voando alto. Mais do que pudera imaginar em tempos remotos.
A própria vida se encarrega de nos guiarmos, mudando, muitas vezes, escolhas feitas por nós e imaginadas serem as melhores.
Deus dos céus, quantas vezes nos enganamos e tantas vezes seguimos caminhos inversos a nossa felicidade.
Estou voando muito, muito alto. Não precisei de conselhos e nem de solidariedade atravessada...
Já vivendo uma fase amadurecida, separei o jóio do trigo, fiz seleções, não deixei de amar o meu próximo e constituí núcleos sociais, profissionais e familiar consolidados e muito gratificantes.
Tudo aconteceu a médio prazo, sem muitas angústias e nem dissabores. Nada foi tão inusitado para me deixar sem asas.
Estou como uma borboleta, voando e distribuindo o bem. Esta era a minha meta. Quando se tem um desejo muito forte, acabamos por conquistá-lo, pois Deus ama de coração aos que lhe procuram com fé e agradecem de joelhos!
(*) a crônica foi inspirada e escrita rapidamente. Que maravilhoso este meu dom! leiam e comentem no blog.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
TIVE A QUEM PUXAR...
Acho que nasci para estudar. Desde os meus anos idos e muito idos, dedico os meus tempos a um estudo intensivo, tão prolongado quanto gratificante.
Se tivesse percorrido caminhos mais acertados, teria galgado os mais altos postos e cargos.
Lembro-me como se hoje fosse. Acordava cedo e estudava até a hora de ir para a escola. Veio o vestibular, vieram os anos de Faculdade e, cada vez mais, o ritmo do meu estudo aumentava. Fazia planejamentos e cumpria.
Hoje, Gerente de Pós-Graduação da UPE, continuo a percorrer um caminho que abrange estudos, produções, leituras e a preparação de um livro, que vocês, leitores, ainda, terão nas mãos.
Trabalho com Legislação Educacional e sou de uma dedicação ímpar. Faço questão de registrar, sem pudores e sem acanhamentos. Quem melhor sabe de si é o próprio indivíduo. Daí porque eu me gosto e socializo. Estranho isso? acho que não...
Alguém haverá de admirar este meu lado sem o qual não seria eu. É, realmente, uma necessidade de saber mais e mais, não importa a chegada da maturidade. Esta não constitui empecilho para a minha necessidade de saber.
Meu pai morreu aos 83 anos, lendo. Parece que tive a quem puxar, além de uma inteligência de que eu fui herdeira e de uma convivência que me fez maior.
Tantos ensinamentos e tantas aprendizagens.
Hoje faço uma análise de mim mesma e deixo, também, que a minha memória traga de volta tantos momentos inesquecíveis: o começo e a raiz de tudo isso. Do meu blog e de muito mais!
Louvado seja Deus.
(*) a crônica está aí. Leiam e comentem no blog.
Não está das melhores, mas nem todo dia é DIA........ALÍÁS, JÁ É BEM NOITE...
domingo, 10 de outubro de 2010
DESLUMBRANTEMENTE LINDO...
Ando lutando com vários pensamentos que insistem em perseverarem em minha mente. É uma luta um tanto difícil que me provoca um pouco de falta de ar. Isso é preocupante, na medida exata do que me angustia.
Tentei fazer uso da minha memória seletiva que, nem sempre, consigo que ela se torne atuante.
Aos poucos vou vencendo o que não supunha viver neste momento. É como se tivesse antecipado o rio.
Vou lá vou cá e busco conforto no aconchego do meu lar, que eu construí passo a passo.
Mas, hoje, domingo, é dia de relax e , como tal, já tomei o meu banho de mar, onde fui buscar mais energias que me fizessem mais forte diante de dissabores e de momentos tão bons , como sempre quis.
O mar estava deslumbrantemente lindo. Difícil resistir a uma natureza tão bela e tão atrativa. Saí da praia bronzeada e mais sensual, dentro do tempo que eu vivo.
Dessa maneira e de outras, vou aproveitando a vida, sem nunca deixar me abater diante do que poderia ser motivo de aperreio. Nada de amarguras e de perdas de tempo.
O que está me interessando muito é poder ver mamãe menos sofrida e abençoada por Deus, que nunca falta.
Neste momento, sinto que as minhas emoções aparecem misturadas, como se o foco não fosse, para mim, tão fácil de vir à tona.
Deixo que Freud durma em paz e deixe os meus problemas adormecidos...
Deus seja louvado.
(*) a crônica, mais uma vez, sai em frações de segundos. Leiam e comentem no blog. Isso me faz muito feliz.
sábado, 9 de outubro de 2010
MAIS GENTE E MAIS PERDÃO...
Esperei a noite chegar para escrever, deixando que a inspiração falasse mais alto. Quando já não houvesse mais um calor que incomoda, quando o céu estivesse mais estrelado, quando eu já tivesse, quase, anistiado aquilo que, provavelmente, foi feito de maneira impensada.
Já dormi o suficiente e até já saí nesta noite, desfrutando, com o meu esposo, do gostoso da vida.
Também sei aproveitar o bom e o belo. Não me deixo levar, em todos os momentos, pelas perdas que, talvez, sejam , de maneira mais coerente, ganhos que me levarão a um apogeu mais apogeu.
Saí e voltei cedo, o suficiente para ver o mundo e para me renovar. É assim. Quanto mais nos sentimos por baixo, mais aprendemos a dar a volta por cima e compreendemos que existem males que vêm para o bem.
Aqui estamos, eu e o meu esposo, no caminhar da vida, unidos e aproveitando do tanto que temos e do muito que o mundo tem para nos dar.
Noite de sábado é assim. Temos necessidades de nos energizarmos e aproveitamos esse momento para conversarmos , vermos o mundo lá fora e fazermos planos para o que nos se apresenta.
Enganaram-se os que pensaram que estávamos no atoleiro. Acho que já falei e reiterei que na maturidade a experiência dá a nós a serenidade que nos faz mais gente e mais perdão...
Deus seja louvado.
(*) a crônica foi escrita em frações de segundos. Leiam e comentem no blog.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
É O MEU TEMPO....
Já não tenho tantos questionamentos que me incomodem, por mais que não tenha encontrado respostas. Isso é prova de que aprendi a ser mais sintonizada com a vida e com o cotidiano, nem sempre igual...
O tempo, para mim, é o meu tempo. Cada um deve viver o seu de forma a equacionar as suas posibilidades com as suas limitações.
, No meu entender, não há tempo pior ou melhor. Existem tempos diferentes, cada um com as suas características. Não comparo o tempo de uma criança com 13 anos, com outra de já 30 anos e nem com uma de 50 anos, madura e amadurecida.
O mais comum é que a juventude, com todo o seu brilho, ainda carregue algumas inseguranças , temores e, até, angústias difusas e localizadas.
É preciso ver o lado bom e deixar de lado qualquer sombra ameaçadora , trazida por outros, de que a maturidade caminha para um final mais próximo.
Hoje sou uma mulher com vivência, que aprendi a discernir a verdade dos fantasmas. Sinto-me realizada,mais segura e, até, mais misteriosa, sem deixar de ter uma sensualidade mais exacerbada, em certos momentos. Aprendi mais do que os jovens, em suas idades mais tenras.
Tanto assim, que prefiro que a minha linguagem seja caracterizada por uma maturidade alcançada, minimamente comparada à juventude.
Não quero, para mim, as incertezas da juventude e nem os temores de um futuro, ainda inseguro. Estes já vivi. Agora, é tempo de aproveitar, com filha já grande, com o meu dever cumprido e com os ganhos que a vida me deu.
Tento passar para vocês o lado bom, muitas vezes desconhecido pelos que se deixam entregar, vivendo condutas que já não condizem com a pós modernidade.
A minha lucidez me leva a lugares longínquos e a imaginações agradáveis.
Repito: vivo o tempo que é meu, talvez mais agradável do que aquele que se foi. Dá para entenderem?
(*)a crônica saiu em frações de segundos. Leiam e comentem no blog.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
PERMANEÇAM EMUDECIDOS...
E lá estou eu, novamente, pensando na vida. Este é um assunto que, ao meu ver, nunca se esgota.
Desta maneira, com todas as suas nuances, umas maravilhosas e outras um tanto sem graça, vou tentando viver com leveza e serenidade , fazendo com que os momentos bons sejam consolidados e sirvam de base para o futuro , assim como os desagradáveis sejam superados.
Essa é a minha filosofia de vida. Tanto assim, que os atoleiros não me abalam mais e saio deles com mais segurança e menos medos.
Admito que não é fácil se chegar a conclusões como estas. Para isso é preciso vivência e um trabalho que implica se conscientizar que as perdas se contrabalançam com os ganhos.
Na maturidade há uma maior possibilidade de se chegar a um patamar menos tenso e a certeza de que o futuro (Aquilo que poderá vir) não pode ser, antecipadamente, previsto.
Sob o ângulo de quem já chegou a maturidade, os fatos podem ser vividos com mais amenidade do que quando , ainda, se é jovem. Mas antevê-los é difícil.
Concordo com a grande escritora/ poetisa Cora Coralina (Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretãs) , quando diz que da vida pouco, ou quase nada, sabemos.
Transcrevo o seu belo Poema:
Não sei...
Se a vida é curta...
Não sei...
Não sei...
Se a vida é curta
Ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido,
Se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
´ lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que remove.
E isso não é coisa do outro mundo:
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.
Como Cora Coralina, escrevo para repetir o que ela diz:
Quando eu morrer,
não morrerei de tudo.
Estarei sempre nas páginas deste livro, criação mais viva.
Da minha vida interior em parto solitário.
E, aqui, eu, Eliana Pereira, acrescento:
Que o perdão me seja dado,
Que a minha voz, perdoando os insensatos,
Desta vez, seja ouvida.
Que aqueles que se calaram perante a minha produção,
Permaneçam emudecidos.
E que o sentimento de arrependimento
Não lhes faça morada.
Saberei, assim,
Que o mundo estava, muitas vezes, contra mim,
mas que hoje, ou amanhã,
Estarei com Deus.
A crônica está aí, postada com os meus olhos marejados de lágrimas. Leiam e comentem no blog. Com certeza, ficarei feliz!
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
E ME REALIZANDO COMO POSSO....
O relógio soa meia noite. A tarde, como já expressei, foi palco, para mim, de uma grande dormida, que me deu como resultado essa insônia revestida de reflexões várias.
Nem sei calcular se valeu a pena este descanso todo, que me devolveu um bom tempo de solidão e virgília.
Neste momento, penso em tudo, em quase tudo e nas mudanças que se dão em vida e que provocam, sejam elas boas ou indesejáveis, um estado de ansiedade e ,até mesmo, medos infundados ou não.
A experiência vivida ou contada em livros constitui bom exemplo do que acarretam, no ser humano, a possível chegada de fatos que estão para ser mudados ou a vivência das mudanças no exato momento.
Excelentes estudos sobre a ansiedade, estado de pré angústia, mostram as alterações de comportamento, que incluem opressão torácica, agitação psico motora, estado difuso de mal estar e reações individuais e , até, bem presentes na maioria dos indivíduos ansiosos.
Vocês já perceberam, leitores queridos, as minhas pinceladas nas explicações psicológicas, das quai não consigo fugir, posto que fazem parte da minha formação.
Infelizmente, a Psicologia não é tão bem comprendida por muitos, ficando em segundo plano quando se trata da necessidade do indivíduo fazer uma terapia.
As estatísticas demonstram, também, que as vagas para psicólogos clínicos nos concursos são escassas e difíceis de serem prenchidas, diferente do que acontece em relação aos médicos.
A impressão que dá é que a saúde mental não é tão necessária quanto deveria. Este é o nosso País , que parece ser desenvolvido.
A definição do que seja saúde , no entanto, é dada como um estado de bem estar físico, MENTAL e social. Dá para entender?
Quantas vezes tive que responder a essa pergunta em provas de concursos, como se fosse verdadeira para o SUS!!!
Tudo isto me leva a questionamentos. Escolhi, me parece, a Profissão amadora, quando poderia ter enveredado pela área jurídica e, quem sabe, me realizado , como desejava.
Nunca é tarde para começar....valeria a pena?
E, assim, sem resposta, vou me espelhando em pessoas do meu convívio e me realizando como posso!
(*) a crônica sai diferente. Nesse horário, tudo é possível...leiam e comentem no blog. Desculpem os textos em dose dupla.
AÍ, NÃO SERIA EU....
Quase o sono me pega. De tanto trabalhar e resolver tarefas do cotidiano, caí na cama e , de muita fadiga, dormi o mais do que todo dia. Valha-me Deus!
Enganam-se aqueles que tentam me deixar atordoada, passando e repassando o que melhor seria emudecer. Este pensamento ficou perseverado. Só trazendo Freud para interpretar, à luz da Psicanálise autêntica.
Cedo aprendi a respeitar o outro, principalmente naquilo que tanto toca, posto que, em sua vida, lhe foi negada.
Fico estarrecida, mas, de tão lida e trabalhada, além de abençoada, não me deixo ficar por baixo e, muito menos, aborrecida. Acho , até, que incomodo e provoco algum tipo de sentimento perturbador. Isso , sim. Mas,fazer o que?
Poxa, a noite chegou sem que eu percebesse. Alguém muito querido me disse que sou notívaga. Difícil eu resistir aos deslumbramentos de uma lua e das estrelas que brilham mais do que espero.
Verdade que nunca mais falei da minha varanda. Se esta falasse, diria dos muitos sentimentos que ela me proporcionou e me proporciona...Sem muitas malícias, enxergando o que há de bom e deixando que o super ego censure o que poderia ser pecaminoso. Assim aprendi, introjetei e me deixei cortar, com amarras e tudo o mais.
Eita, que tantos dogmas. Não condeno. Eu só quero continuar transparente aos olhos de quem confio. E que Deus não me deixe falar pelas entrelinhas.
Aí, não seria eu, tão verdadeira e tão solidária.
Que Deus seja louvado.
(*) a crônica sai tão pequena, quanto minha....leiam e comentem no blog. A autora aprecia.
domingo, 3 de outubro de 2010
COM MUITAS EXPECTATIVAS...
O dia transcorreu cheio de expectativas. Finalmente, chegou o dia 03 de outubro e fomos todos, não mais vestidos à carater, cumprir o direito do voto. Dessa vez uma eleição mais abrangente, envolvendo o Presidente da República, governadores, senadores e deputados.
Agora é esperar mais um pouco. As bocas de urnas apontam para tal e qual, mas a certeza só com a apuração terminada.
Mesmo sem me dedicar à política, é difícil não querer saber dos resultados finais.
Aí seria uma total alienação, não acham?
Mesmo assim, joguei fora, no dia de hoje, as mágoas e algumas tristezas, através de um banho de mar, que chegou na hora certa. Posso dizer que este banho me relaxou e me fez bem.
Estive , ainda hoje, pensando no ser humano e na sua essência que, geralmente, constitui a sua eterna companheira.
Ainda, me convenci de que o bom humor é muito importante nas nossas relações com os outros. Não temos que fazer piadas, pois estas nem sempre cabem.
Que cativante é um silêncio carinhoso e uma presença que expressa solidariedade.
Às vezes, quando pensamos estar tão bem acompanhados, vivemos uma solidão que incomoda.
Mas, o dia de domingo foi , por mim, bem aproveitado. Até aprendi algumas fórmulas para ser mais feliz.
Que venham os bons e os sinceros para completarem o meu contentamento e, nós, num círculo só , aproveitemos tudo que nos faz bem!
(*) a crônica sai leve como o domingo. Leiam e comentem no blog.
sábado, 2 de outubro de 2010
"DO DESENCONTRO E DA INCOMUNICABILIDADE..."
Tenho a impressão que o livro vai se vestindo. Encontro-me satisfeita com os comentários recebidos, via e-mail e facebook. Hoje foi a vez de um pronciamento bastante elogioso,advindo dos Estados Unidos.
Os leitores parecem inibidos e fazem os seus posts, evitando o blog, como se não quisessem se expor. Evidentemente, que entendo que cada um tem o seu modo de agir e, aproveitando, de reagir.
Tenho procurado escrever os meus textos sempre no mesmo tom. Acho que não tenho ensinamentos para repassar, talvez experiências de vida que, de alguma forma, ajuda o outro, aqui e acolá.
O tempo nos ensina muita coisa, é óbvio. Mas, temos que admitir que , muitas
vezes, é necessário muito e muito tempo.
Percebo que a maioria de nossas escolhas são feitas por nós mesmas e que a vida deve sempre se pautar em transformações que só devem terminar com o derradeiro olhar.
Tantos enlaces e tantas contradições. Penso que há em mim uma luta entre o meu eu e o meu destino.
Arraigadas a minha pessoa, e é provável a de todos, temos uma genética, um ambiente e as nossas maneiras de ser que se desenvolvem no seio da família e dos nossos grupos.
Ando um tanto magoada. Quando somos surpreendidos pelo inesperado e quando não temos armas para lutar, ficamos, por um tempo, num beco sem saída. Além do mais, melhor será calar na hora certa e falar no exato momento.
Desculpem , se falo por metáforas. Nem sempre é hora de se desnudar...
É a vida e suas surpresas....
Disse Lya Luft: "Uma boa parcela dos sofrimentos entre pessoas nasce do desencontro e da incomunicabilidade..."
(*) A crônica está aí... leiam e comentem no blog.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
INCAPAZ DE IMPEDIR...
Sempre imaginei que uma amizade vale muito. Mas, nunca acreditei, totalmente, que os amigos duram para toda a vida.
Tanto é verdade que para cativar e cultivar a amizade é preciso muita abnegação, muita doação, muito perdão e amor ás injustiças e incompreensões em determinados momentos.
Já tive muitos dogmas e , ao mesmo tempo, fui capaz de, minimamente, ser flexível na tentativa de manter os meus convívios.
Confesso, leitores, que não sei opinar sobre qual seria melhor: o desenlace de uma amizade que se dá aos poucos ou aquele que acontece de supetão.
Não fui capaz de detectar, exatamente, o motivo real, mas hoje perdi a paciência e quase vou aos extremos.
Difícil entender determinadas atitudes e amor ao vil metal, a ponto de passar por cima do que eu julgava tão verdadeiro.
Mas, deixa para lá. Hoje é noite de sexta feira. Estou em casa e o meu limiar de paciência, realmente, foi atingido. Preciso , novamente, seguir os ensinamentos de Lya Luft e encontrar o contentamento, também, no meu próprio lar.
Costumo repetir uma frase espirituosa do meu pai: Cala-te boca...
Sabe , leitores, aprendi com um amigo, também, que melhor é falar de menos. Quem muito fala, pode se complicar.
E não é hoje que eu me permitiria que isto acontecesse. Ainda mais que não é "por você e nem por ninguém", neste momento.
Afinal, muitas águas vão rolar e eu, de camarote, haverei de assistir o que não desejo, mas sou incapaz de impedir...
(*) A crônica foi escrita em fração de segundos. Haja inspiração. Leiam e comentem no blog. A autora muito aprecia.
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