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DAMA DE VERMELHO

sexta-feira, 30 de julho de 2010

QUANDO O TEMA É SAUDADE...


Se pudéssemos dimensionar as saudades, diríamos que existem aquelas muito fortes e outras mais facilmente vencidas, posto que passageiras e mais fáceis de serem trabalhadas.
Às vezes, ficamos estupefatos com saudade de um tempo que se foi, algo que não pode voltar atrás e outros que, talvez, porventura, ainda poderão retornar. Estes foram difíceis de serem esperados, pois também eram difíceis de acontecerem em meio a muitas relações afetuosas de carinho e de muito amor.
Surgem intempestivamente, sem razões aparentes e sem justificativas cabíveis.
A saudade machuca o coração e até dilacera a alma. Sente-se um vazio ou uma mágoa muito forte quando aparece sem motivos, de repente ou até paulatinamente. Quebram-se os elos e ocorrem distâncias. Há uma parte fraca e outra que, indiferentemente, se torna a provocadora.
Deixem-me, mais uma vez, que eu sinta essas saudades para que, vivenciadas, tenha eu como afugentá-las.
Acostumar-me sem as fases da infância , da adolescência e da juventude que se foram, não são mais ameaçadoras.
A falta do meu pai , que morreu, ainda me massacra. A saudade do tempo em que minha mãe andava, conversava lucidamente e me protegia dói DEMAIS.
Quando o tema é saudade, sempre é sofrível. Por isso, deixo que as lágrimas corram dos meus olhos, na certeza de que este desabafo me faça mais consciente de que preciso agir e reagir. Protege-me Deus!
Crio, ainda, mecanismos de defesa e assim vou vivendo. Desta vez, na esperança de que tudo passa e de que os dias curam os males ainda vivos e remexidos....
Na verdade, quem disse que saudade é privilégio meu? Quem nunca sentiu uma saudade?

(*) saem hoje duas crônicas. Em situações de foro íntimo, ou a gente se embota ou escreve e fala demais....leiam e comentem no blog. A autora muito aprecia.

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