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DAMA DE VERMELHO

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ARMEI UMA PROEZA


Não há como negar a insatisfação de um dia que se foi sem prometer deixar muito bons resultados.
Com tantos mecanismos de defesa apelei para o sono. Com isto, sonhei tantas e tantas realizações de desejos que povoavam a minha mente.
Despertei, ainda noite, um bocado desnorteada. Resolvi ser menos púdica, um pouco audaciosa, sem deixar de lado todos os princípios morais que tenho incorporados.
Dessa maneira, entreguei-me aos pensamentos e me tornei mais dona do meu tempo. Por um dia, pelo menos, precisava ser mais eu.
A noite estava belíssima e as estrelas não conseguiam, apesar de todos os brilhos, ofuscarem o meu interior que teimava em se desnudar.
Sem muitas censuras, vesti-me, por dentro e por fora, de adornos bem mais extravagantes.
Pensei o proibido e armei uma proeza. Fui verdadeira e usei de toda a minha sensibilidade. Transformei as malícias, que não são nada boas, nas malícias que me dão prazer.
É isso aí: a autora escreve o seu momento!


Esta crônica foi escrita em plena noite, quando eu já não pensava sair de um beco sem saída, leitores.....comentem, se quiserem...

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