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DAMA DE VERMELHO

domingo, 6 de junho de 2010

RETALHOS DA MADRUGADA


Enquanto a maioria de vocês leitores dormem os seus sonos, embalados por sonhos bons, ou não, por pesadelos de preocupação ou por sonhos que só se realizam dormindo, estou eu acordada, insônia presente, pensamentos flutuantes entre realidade nua e crua e desejos que podem ser realizados por Deus.
A madrugada é, quase, um mistério. Noite escura , que adentra, querendo deixar que o dia amanheça, nos causa um temor/destemor do amanhã, onde , pelo menos para mim, há uma expectativa, constituindo o extrato de minhas reflexões bastante complexas e , um tanto, temíveis.
Dizem os bons poetas que a madrugada pertence a eles. Verdade seja dita, pois tem tudo para suscitar em nós as inspirações mais encobertas e, agora, manifestas sem muitas possibilidades de censurarmos.
A madrugada desnuda nossos sentimentos e aguça a nossa sensibilidade, algumas abordadas por Sigmund Freud e escondidas no nosso inconsciente, sob pena de sermos muito ousadas.
Gosto da madrugada por tudo isto. Narcisista e amante da sensualidade estética, deixo que os meus desejos mais profundos apareçam em minha mente e eu viva as minhas emoções , deixando que a voz do meu inconsciente fale mais alto.
Pelo visto, ou pelo não visto, coloco para vocês alguns dos muitos materiais aprendidos na Universidade e que ficaram como um arquivo vivo , do qual nunca vou poder me livrar, nem quero.
Madrugada minha, sozinha e sem sono, tomo um banho frio e experimento, de corpo e alma, o que você tem, em silêncio para me ensinar. Abro a janela e penso mais do que queria refletir.
Há uma incógnita guardada em mim, razão da minha insônia, dos meus pensamentos perseverantes e dos meus cálculos matemáticos para chegar ao x do problema.
Difícil resolver essa equação, muito mais difícil do que aquelas do colégio , que eu resolvia de olhos fechados.
A vida vai se modificando e trazendo, por vezes,
problemas complexos e, com toda a Matemática, de que somos dotados, buscamos mil soluções e as respostas são sempre erradas. Ou não? será que tem alguma certa, em meio a esse turbilhão de tentativas e de erros?
Gostaria de fazer um poema. Até poderia tentar, não fosse a manhã, que teima em chegar, obrigando-me a tentar o sono mais uma vez.
Assim,vinda de uma noite acordada, poderá ser mais difícil ficar em pé, diante de TUDO e de todos...

(*) A crônica se constitui de retalhos da madrugada. Para os notívagos, aqui está o meu presente, ou não? Leiam e comentem no blog, o meu melhor espaço...

4 comentários:

  1. Eliana: é um orgulho ter você como escritora, numa revelação que cresce todo dia. beijos seu esposo

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  2. Para mim é e será sempre um prazer falar desses lindos e ditos poemas.Eliana falar de vcê é facíl,difícil é ser você.Carinho e admiração de Rosana Muniz.

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  3. AMIGA,

    COM AS EMOÇÕES EM RETALHOS NA MADRUGADA, COM CERTEZA, VOCÊ CONSTROI E COSTURA A COLCHA DA RAZÃO DO DIA A DIA.

    É MUITO BACANA UM SER HUMANO MOVIDO PELA EMOÇÃO

    LINDO!

    BJOS

    ROSÁRIO

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  4. Meus caríssimos leitores: os seus comentários alimentam o meu emocional.
    Quero dizer que também gostei da minha própria crônica. E por que não?
    As emoções, na madrugada, afloram mais facilmente e nos sentimos mais fiéis aos nossos sentimentos mais profundos. Beijos, a autora.

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