A preferida

A preferida
DAMA DE VERMELHO

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SAUDADE NÃO ESCOLHE DIA


Tempo bom aquele. Tantas recordações que me fazem bem.
Jovem, ainda, terminara a minha graduação em Psicologia, na Universidade Católica. Sentia-me feliz , não totalmente realizada. A essa altura, já tinha consciência de que não deveria ser esta a minha profissão, e sim o Direito.
Mesmo assim, estava, parcialmente, realizada. E parti para a luta, com garra e fiel aos meus conhecimentos e à Ética.
Lembro-me bem. Chamada para atuar em Clínicas Especializadas, da Legião Brasileira de Assistência-LBA-, preenchia as tardes e algumas manhãs com essa experiência. Era chamada de Doutora, o que me dava , assim tão jovem, uma responsabilidade grande.
Daí vieram outros trabalhos. Abri Consultório e fui ensinar em Faculdade reconhecida. Continuei, vida afora, entrando no Serviço Público, onde fui Psicóloga Escolar.
Hoje, as saudades batem forte. Já não há mais tanta Psicologia. As desilusões, também preenchem a minha mente e todo o meu ser.
Saudade é assim, não escolhe dia. Há, sempre, momentos que não dão para ser esquecidos.
Tempo bom aquele! estava eu no auge da minha juventude, sentindo-me com muita garra e muitos planos, que não foram todos realizados. Fisicamente bem e emocionalmente segura.
Há sempre no indivíduo uma lembrança guardada que se manifesta trazida, muitas vezes, por fatos precedentes, sejam estes conscientes ou inconscientes.
Já ouvi dizer que Saudade é coisa que dá e passa.
Vocês sabem que ela passa, mas sempre bate em nossas portas, vez ou outra, sem sermos previamente avisados , sem censuras e sem pudores.
Cabe a nós vivenciá-la ou, talvez, criar mecanismo de defesa para afugentá-la. Mas, mandá-la embora, por quê?

Nenhum comentário:

Postar um comentário