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DAMA DE VERMELHO

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

NÃO HAVIA COMO CONSOLAR


Rezei como nunca tinha feito antes, com tanta intensidade e com tanto sofrimento. Cheguei em casa amargurada.
Era pré-Natal e minha mãe, em cima de uma cama, estava muito atormentada falando, desesperadamente, palavras que denotavam muita angústia.
Não havia como contê-la ou consolá-la. As palavras saíam dela como se umas fossem conscientes e outras demonstrando que já não havia lucidez.
Em certo momento perguntou se o meu esposo estava satisfeito com a vida dele, porque ela não estava.
No aconchego do meu lar chorei baixinho, com a alma e com o corpo. Joguei-me na cama. Não suportava sabê-la dessa maneira.
Perdoe-me, leitor amigo,. É quse Natal e eu não tenho palavras de alegria para transmitir. Melhor seria sair oculto este texto, se assim pudesse.
Estou ferida no mais íntimo do meu ser. Não posso tirar de mim o que não tenho para dar.
Peço a Deus, com muita fé, que olhe para minha mãe.
FELIZ NATAL.

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