A preferida

A preferida
DAMA DE VERMELHO

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A TARDE FOI UM DESACATO...


A tarde esteve fria de sentimentos afetuosos, contrastando com o sol escaldante que produzia um queimor na pele e me deixava mais inquieta e atordoada.
Não era assim o esperado. Verão é, quase sempre, verão. As pessoas, mais bonitas e bronzeadas, por vezes, se tornam mais mansas e se doam com mais facilidade.
Não costumo usar máscaras perante inescrupulosos e inusitados fatos que nos tiram do tempo. Bem afeiçoado, aquele cidadão, que não compõe a minha família, se apresentou, inesperadamente, sem os rigores da lei e nem a lapidação de quem foi educado no escalão de primeira linha.
A tarde esteve fria de bons sentimentos. O inesperado , também , acontece. Estava , eu, tão preparada para saborear o bom da vida, mas a frieza e o desprezo de quem, talvez, nunca tenha sabido lidar com gente, estava tão exacerbada que, lívido e sem muito respeito, feriu os meus brios e a minha fina educação, que carrego de berço.
A tarde foi um desacato. Imaginei tudo e pensei em todos, até, em quem, provavelmente, nunca pensara em mim.
Não tive como desafiá-lo. Na minha condição de dama, mantive a calma, mesmo que a inquietação motora pesasse em mim todinha.
Eu nunca fui de usar máscaras, a não ser hoje quando o conflito, entre O calar e o falar alto, não teve um final. Estava, mesmo, entre um fogo cruzado e a necessidade de dizer àquele cidadão, que não compõe a minha família, tudo que precisava ouvir.
Caminhei até a vidraça e olhei o panorama. A paisagem me fez bem. Também pudera...feita, eu, à la Oscar Wilde, dotada de sensualidade estética e, ainda, narcisista, voltei para casa.
Foi aí que, em trajes um tanto despojados, embora belos e insinuantes, amei o meu jeito de ser e de agir. Resolvera a questão. Cantei baixinho e me deitei tão leve como se voltasse aos tempos atrás, esculpidos de insinuações minhas e de promessas de amores que só fazem o bem!

(*) a crônica foi escrita em frações de segundos. Havia em mim uma inspiração de amor e raiva. Fiz opção pelo amor e me revelei mais eu...leiam e comentem no blog.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

HOJE SOU O DESEJO....


A noite cheirava à festa. Havia uma lua prateada e um convite à sensualidade estética e até, mesmo à realização de desejos ocultos e mascarados.
Usara o vestido mais noite e o batom mais vermelho. Às vezes, ficamos mais vulneráveis e mais dadas as orgias da madrugada, que é sempre atrativa e quando tudo é mais bonito e mais sensual.
Saímos mesmo da apatia de um dia sacrificado, ouvindo as mais diversas palavras de desconforto, para desfrutarmos da beleza que nos faz mais gente e mais mulher.
Descendo aquelas escadarias, parecia eu mais uma Rainha de conto de Fadas. Os sonhos fazem tudo e as realizações mais incríveis acontecem, como nunca imaginadas.
É preciso viver o real e o irreal. É necessário se mostrar mais calorosa e esquecer as agruras das queixas ouvidas durante a semana, como se aquele momento representasse um instante mágico e o alimento energizante que uma noite é capaz de proporcionar.
Saí de mim e quase me transformei. Aprendi a ser quem eu quero ser e nesse meu sonho, quase loucura, me transformei na mulher que sempre quis ser e até sou, em alguns momentos . E por que não?
O vermelho dos lábios contrastava com o verde da sua camisa. É assim que gosto. Tudo na mais pura perfeição e os trejeitos mais interessantes que pudessem chamar atenção dos que nos olhavam...
A noite estava especial, tão especial que uma outra seria difícil acontecer. Rodopiamos e bebericamos como recomenda a finesss das nossas classes.
Mesmo sem amarras, apareciam, cá e acolá, uns dogmas dos quais não conseguimos nos livrar.
Penso, leitores, o quanto a imaginação de vocês voa longe, ao lerem esse meu texto.
O objetivo coincide com o que vocês fantasiam. Uma noite assim, é preciso viver. Leiam e aprendam. Vale imitarem.
Deixem as mazelas da semana de lado. Hoje vale sentir-se contente, ainda que o controle tenha desaparecido, mas nos sintamos realizados. Vão, vão como eu disse. Mesmo que virem uma outra pessoa. Hoje sou o desejo!

(*) a crônica sai ousada. Saio do tom como quase todo o escritor sai um dia. Leiam e comentem no blog. Sinto-me feliz...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

'"...SOU COMO VOCÊ ME VÊ...."


E lá vou eu. Tarde escurecendo, o sol se pondo e a lua dando os seus primeiros sinais de que está nascendo.
Da minha varanda, descortino o panorama um tanto igual de todos os dias. Existem os indivíduos que caminham, os que voltam do trabalho e os que vão ou saem do Shopping. Esta é uma visão, quase de todos os dias, ao mesmo tempo tão deslumbrante quanto se possa imaginar. A lua dá o seu toque especial. Vê-la nascer traz,a cada dia, uma emoção. Boa Viagem é fascinante...
Faço as minhas observações, crio as minhas fantasias e volto à realidade dos meus dias e da minha pessoa.
E lá venho eu com as minhas "sábias" pinceladas psicológicas, não deixando que as minhas aprendizagens fujam da minha mente.
Estive pensando no que relmente sou, ou seja na minha personalidade. Acresci aos meus devaneios , a maneira como me apresento as pessoas.(persona.)
Às vezes são sempre da mesma forma ou, por vezes, me apresento , diferentemente, para um ou para outro.
Afinal, as diversas nuances do humano existem, e o indivíduo tem que modificar , um pouco, a sua maneira de ser para conviver. Que fique claro, que não é
falsidade. É o normal de cada viver individual, cuja Psicologia explica.
Mas, em todo caso, sou também personalidade e persona iguais, em outras vezes...
Já houve, porém, muitas vezes, quem fizesse juízos de valores sobre a minha pessoa, quando passo, quando, ainda, não tenho aproximação, chamando-me , até de petulante. Valha-me Deus!
O dia a dia . as minhas eternas brincadeiras, o meu lado infantil que eu conservo por querer, fazem os outros reconhecerem o quanto sou dotada de bons sentimentos,intelecto, simples e , até, humilde. Estes traços herdei do meu pai, que no auge da vida e do poder, transmitiu para todos os filhos.
Mas , conversa vai, conversa vem, estou contente. O meu blog chegou nas terras além mares, PORTUGAL, e algumas crônicas minhas se encontram postadas no blog da grande escritora Ceicinha Câmara. (www.nlusofonia.blogspot.com). Convido aos meus leitores para fazerem uma visita. Estarão ganhando cultura e aprendendo a reconhecer a boa pessoa , que é Ceicinha.
É....dizem que "Nada acontece por acaso". Ser selecionada por esta grande escritora é ter ganho uma estrela-guia, além mares. A ela eu dedico muito do meu apreço e do meu contentamento...ganhei uma grande amiga! culta, além da conta.Internacionalmente aplaudida!

Mas, voltando ao tema inicial, gostaria de concluir quem sou eu, registrando as palavras de Clarice Lispector:
"... sou como você me vê...
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania.
Depende de quando e como você me vê passar..."

(*)a crônica foi escrita com uma alegria especial...leiam e comentem no blog. Fico feliz!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SAUDADE....(ELIANA PEREIRA )


Saudade de tudo,
Saudade do nada,
do vazio que me fez menor.
Saudade dos tempos da inocência.
Saudade da bondade que quase desapareceu do mundo.
Saudade do que sempre tive,
Saudade do futuro
que julguei certeza.
Saudade de você que se foi,
Saudade de você que não veio,
Saudade da espera que não aconteceu,
Saudade de quem nunca gostou de mim,
Saudade dos entes queridos,
Saudade da minha infância,
Saudade de quando me tornei adulta,
Saudade da saudade que não pude ter. (ELIANA PEREIRA)

domingo, 7 de novembro de 2010

E MAIS COMPLICADO ACEITÁ-LAS...


O escritor tem um mundo próprio. Às vezes faz planos e acaba por descumprir. Falo, principalmente, por mim. É que a inspiração chega de repente e a vontade de escrever, neste momento, ultrapassa qualquer modo de pensar pré estabelecido.
Tenho lido mais do que o habitual . Atualmente, estou a me dedicar a dois livros da grande escritora Lya Luft: O QUARTO FECHADO e O SILÊNCIO DOS AMANTES. Essa minha maneira de ser e de ler mais de uma obra, ao mesmo tempo, faz-me lembrar meu pai, escritor Nilo Pereira. Fazia a leitura de dois ou tres livros, num só período e com a avidez de sempre.
Era tão rígido neste seu hábito, que morreu lendo Josué Montello. Às vezes, fico a imaginar o que disse ele na eternidade, tendo falecido num momento de leitura. Será que falou no grande escritor? Essas são perguntas que ficaram sem respostas....no ar e para sempre.
Iniciei o texto de hoje falando da vida própria dos escritores. É que havia pensado em não escrever hoje. De repente veio uma vontade de ir no computador e expressar os meus últimos pensamentos e, até, sentimentos que não foram de todo tão satisfatórios.
Venho me realizando em vários campos de minha vida. Tudo vai saindo a contento. De repente, não mais que de repente, surge aquela pedra que é colocada no caminho, sem objetivos ou de caso pensado...
Surgem a mágoa e as interrogações. O espírito se sente ameaçado. O que mais impressiona é a coincidência, ou não?
Meus leitores, difícil prever as atitudes e mais complicado aceitá-las. Se hoje não sou tão clara como deveria, é que os assuntos mais pesados, a gente vai clareando aos poucos.
Como fiéis amigos meus de meu blog, essencialmente, não temo incompreensões.
Sou tão verdadeira, quanto dotada de bons sentimentos. Respeito o outro e não procuro ocupar o seu lugar.
É linda a pureza d'alma. Linda e sem pecados...

(*) A crônica revela o meu lado sensível e a herança que o meu pai me deixou: um legado de hábitos e a genética de escritora.Leiam e comentem no blog.

sábado, 6 de novembro de 2010

NO SEU DEVIDO LUGAR...


Aprontei-me com cuidado para curtir a noite de sábado. Como sempre é do meu hábito e costume, antes de sair dei uma olhada no meu quarto. Notei que tudo estava no seu devido lugar e a cama dava um realce todo especial , no seu lençol branco com rendas pretas. Parecia um convite daqueles que não se costuma recusar...HAJA IMAGINAÇÃO E HAJA SENSIBILIDADE.
A secretária, por certo experiente no assunto desde muito tempo, deixou o ambiente como quem espera uma dama especial para desfrutar , com requinte, de um lugar muito aconchegante.
Bom, vesti-me de verde. Como já falei em crônicas muito anteriores, esta é a minha cor predileta por motivos que arquivei na memória desde a infância. É que a minha mãe, com todos os cuidados maternos, não gostava que eu, quando criança, usasse essa cor. Achava-me pálida e não realçava muito em mim, o verde de tempos atrás.
Leitores, o trauma ficou e hoje uso esta cor em tudo que eu posso....dá para entenderem, não é?
A noite esteve deslumbrante. A lua prateada era uma atração à parte. As estrelas brilhantes nos conduziam por todo o caminho. Foram elas o nosso guia.
Quase esqueci que horas atrás estive contrariada. Aproveitei a noite e o Restaurante. Estava precisando de uma boa distração. Problemas esquecidos e brilho no olhar, que estivera um tanto gelado. Regenerei-me e me energizei. Voltei outra, por dentro e por fora.
Já chegada em casa, sentei-me na varanda para o balanço final. O saldo foi positivo e apontou para novas fantasias. Alegre e um tanto fascinante, vibrando com uma maturidade repleta de lucros, fiz da noite um final mais do que esperado.
Não havia esquecido de que o meu quarto era a grande motivação. Requinte gera satisfação, não é?


(*) a crônica está aí. Leiam e comentem no blog.

E O SILÊNCIO ERA TANTO...


Houve o silêncio. E o silêncio era tanto que nem mesmo o meu pensamento conseguia pensar.
Neste momento, senti um vazio diante de pessoas que emudeceram , dando ao ambiente uma falta de vivacidade.
Confesso, leitores, que tudo isso me levava a uma falta de ânimo e a uma apatia aguçada e dolorosa.
Terrível este instante. Tão sofrido que, apenas, me lembrei dos mortos, pedindo que me ajudassem a suportar "o quase insuportável." Isto porque nada estavam fazendo os vivos....
A essa altura, encontrei-me comigo própria, como nunca havia acontecido.
Não fossem as borboletas que, nesse ínterim, voavam , parecendo trazerem a felicidade, o tédio, tão diferenciado neste momento, teria me deixado sem encanto.
Era uma realidade tão forte que difícil foi acreditá-la. Consegui imaginar que nem tudo era preciso saber.
O silêncio se fez crucial. Saí de mansinho deste ambiente. Não importa como. O importante era que eu não podia me desconectar do mundo

(*) A CRÔNICA SAI PEQUENA, NA MEDIDA INEXATA DO SILÊNCIO. Leiam e comentem no blog.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

OS GANHOS SUPERAVAM AS PERDAS...


Esta noite passada, adormeci rezando. Senti a brisa do mar, joguei fora tudo que pudesse parecer pernicioso, vesti a camisola mais bonita e me entreguei ao sono,deixando os meus pensamentos fora de qualquer contexto.
Tomei essa decisão motivada pela vida, que às vezes se nos apresenta injustificada.
Acho que cada um de nós tem , em algum momento, um pouco de solidão e de tristeza. Cabe a cada um usar mecanismos de defesa que nos façam encontrar o bem estar e a satisfação de viver.
Já houve quem dissesse que é difícil saber o que é felicidade. Já houve quem olhasse o céu e vendo uma imensidão azul e outra branca, que são as nuvens, se perguntasse porque tanto azul para Deus...
Não participo desta colocação. Para mim, Deus é Tudo.
Aliás, tenho tomado algumas decisões que incluem o não questionamento, quando não quero ouvir respostas que já sei quais são. Isso vem me acontecendo e eu me nego a escutar o que, por antecipação, já sei e não me faz bem.
Mas, fui dormir cedo.As estrelas não haviam aparecido e eu não vislumbrei um mundo acolhedor nesta noite que passou.
Muitas e muitas vezes, tenho mudado o panorama. Ontem, foram diferentes as minhas mudanças. Preparei o meu quarto , deixei-o esteticamente agradável , senti-me muito bem e me tornei sensual e perfumada para mim mesma. Foi aí que me deitei cedo e adormeci.
Dando asas a minha sensualidade e ao meu narcisismo, olhei-me no espelho de cristal e agradeci pela beleza que a maturidade me dá.
Fiz uma breve avaliação de mim mesma: os ganhos superavam as perdas, que mais queria eu?
Assim vestida e assim satisfeita, tive a noite que sonhei!
E que vocês, leitores, experimentem a sensação de dormir bem...

(*) a crônica está aí. Leiam e comentem no blog.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E FIEL AOS MEUS VALORES...


Hoje é hoje. Como tal, com as suas caracterìsticas e suas peculiaridades. Vivo um dia e, essencialmente, uma tarde que me faz indagar sobre alguns assuntos que me surgem, sem motivo aparente.
Sempre imaginei que a presença de questinamentos implica um assunto inacabado, que não chegou ao seu final.
Deixei, como nas muitas vezes, que as perguntas fossem acontecendo na minha mente, fazendo-me refletir o mais que pudesse. Não importa se cheguei a uma resposta ou se a deixei em estado de latência. Haverá um dia em que as dúvidas serão certezas. Assim, acho.
Ai, palavras, "palavras que o vento leva", mas que são escritas como representação do que penso e do que sou.
Os meus leitores já devem ter percebido a simplicidade com que escrevo, posto que não é objetivo meu me destacar como gente que não sou. Dessa forma, vou atingido a maioria, embora dando, aqui e acolá, uma conotação pessoal ou científica pròpria da minha formação. Isso é o óbvio e o esperado.
Mas, confesso que o dia esteve quase enigmático. Por conta de noite mal dormida, estive um tanto calada, em situações que, raramente, acontecem.
É uma tarde como tantas e tantas outras. Estou sozinha, o que me leva , porém, áquelas reflexões inerentes a minha pessoa.
Dou um giro na minha mente, procurando mudar o meu panorama.
A lua, neste momento, já começa a aparecer, grandiosa e resplandecente. Lembro-me da infância e faço os meus pedidos. Observo, da minha estimada varanda, as pessoas e o movimento de carros. Há um quê de mesmice e algo que não pode ser o igual, todos os dias.
Tento me aninhar na cadeira mais confortável e tento sonhar, imaginando que "a vida também é feita de sonhos.!"
Estou sozinha comigo mesma. Companheira de mim e fiel aos meus valores.

(*) a crônica está aí. Leiam e comentem no blog.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

DA FORMA QUE ME CONVIER...


Lembro-me hoje que os primeiros passos dados no meu blog foram um tanto intimidados. Tudo surgiu advindo das inúmeras crônicas que eu rabiscava em qualquer folha de papel que encontrasse "num canto qualquer." Seria melhor colecioná-los nesse espaço, que se tornou meu e dos meus leitores.
Como sempre acontece, ensaiei as primeiras palavras, os primeiros poemas( vejam SAUDADE), até que fui me desnudando, deixando as amarras, e perdi a inibição do que, antes, era para mim, o proíbido. Haja Freud e haja Lacan. Haja o proibido da Psicanálise...
Não tem jeito de conseguir sair da minha área de Psicologia, embora o Direito fosse a minha vocação. E a Medicina , a mais linda das profissões.
Tanto assim, que me casei com um médico muito humano. Fiz esta escolha de caso pensado...
Voltando ao tema , a essa altura da vida, todos que me conhecem já sabem quem sou eu, já me amam ou desamam, às vezes por engano e, até, por invejas. Nada disso me atinge.
Cedo aprendi, com o meu pai, que em casa somos um e fora somos outro. Não aplico, na verdade, a minha pessoa, pois tenho uma família muito centrada , que reconhece o meu valor , que me ama e que constitui , junto comigo , o núcleo familiar que eu sempre almejei.
Não me intimido mais. Perdi o medo desse desconhecido e não importam os juízos de valores . Nada devo a quem me vê passar e olha de lado para não me encarar. Talvez, eles tenham as suas razões, quase sempre alimentadas por um vazio emocional e intelectual. Merecem ajuda!
O dia foi puxado. Cheguei , às dezessete horas , de um trabalho exaustivo que, apesar de habitual, tem os seus altos e baixos.
Tenho no meu blog um espaço que não me contamina. Sempre escrevo sozinha e digito os meus sentimentos, sejam eles superficiais, aprofundados, íntimos ou fantasiosos.
Como disse, sou eu e eu, sem obediências e sem pudores. Importa, apenas, o que está na ordem do dia, para minha pessoa...
E sabem mais, leitores queridos, só um belo banho fará eu sair desta fadiga, deixando vocês pensando que o melhor vem depois, da forma que me convier...
Na melhor das hipóteses, abrirei a varanda e, minimamente, realizarei as minhas vontades. Ou , quem sabe, viajarei no mundo dos meus sonhos!
E que os meus sonhos sejam só meus, por enquanto...

(*) a crônica está aí. LEIAM E COMENTEM NO BLOG.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

E UM QUÊ DE INDECIFRÁVEL....


A tarde de domingo, em sua maioria, vai se arrastando, quase sem querer ir embora, como se insistisse em aumentar o tempo de depressão ou pseudo depressão, que se instala no indivíduo por n razões. Atribui-se , normalmente, ao término do final de semana.
Quanto mais, tendo sido um feriadão!!!! aí, às vezes, é de chorar....
Confesso, leitores, que sinto uma parada no tempo e um quê de indecifrável nesta tarde, quase já sem mais nenhum objetivo, a não ser apenas o arremate destes dias.
Sozinha, haja vista que os de casa dormem, descansando o corpo e armazenando forças para o trabalho , que já se avizinha sem pedir licença.
Deveria eu estar no mesmo passo, mas a agitação motora e a ansiedade me fazem morada, perante o outro dia de trabalho, que deixei na sexta feira, desta feita, sem muitas saudades.
Um turbilhão de pensamentos passam na minha mente. Penso nas pessoas, mais particularmente nas mulheres, que ou são dondocas ou cumprem o seu papel de servidoras, fazendo jus a sua própria independência.
Penso que aquelas que vivem de desfiles e de vazios devem ser muito felizes ou pouco felizes. Não gostaria, com todo o respeito, de me ver incluída nessa classe, que não faz o meu perfil, assim penso.
Sempre tive no trabalho uma escola de vida, com todos os momentos em que eu apelo para o perdão para não ter que entrar em atrito. As pessoas não são iguais.
Valha-me Deus, não quero, hoje, falar em trabalho.
Há em mim uma metade que diz sim e outra em que eu luto com o não.
Mas, é isso aí. . A mulher vai alçando voos e ocupando espaços, antes não imagináveis. Não temos como discriminar o valor do sexo masculinino e do feminino.
Enquanto isso, não há como deixar de lado a exigência da sensualidade da mulher que, mesmo no cenário, trabalhando e lutando, ela não perde.
Para mim, como mulher que sou, e para os homens, essencialmente, teremos que ser atraentes, fasceiras e intelectuais sem deixarmos de ser femininas.
Enfim, mulher que sabe ser mulher.
É nesta hora que saio da minha timidez para mostrar o lado feminino como a principal característica da mulher, que faz de nós todas atração e fascínio... esta é a nossa principal realização. Haja mistério e haja feminilidade!

(*) a crônica está aí. Leiam e comentem no blog!

TANTOS SENTIMENTOS E TANTOS RESSENTIMENTOS...


Eu não seria eu, se terminasse o feriado sem um gostoso banho de mar.
Há sempre uma válvula de escape que nos deixa mais leve, relaxada e, até, gratificada.
E , assim, foi. Logo cedo tomei o meu rumo e me senti bem. A praia estava deslumbrante, sob um sol que resplandecia com seus raios dourados e inebriantes.
O dia estava de uma beleza estonteante. Guardadas as recomendações médicas, obedeci ao horário permitido e me energizei, ao mesmo tempo que joguei fora as mazelas físicas e espirituais, na medida do possível, evidentemente...
Em casa, não tive como não permitir que os pensamentos viessem à tona. É sempre bom fazer uma reflexão e uma tomada de decisões, que visem o bem estar, dando vez a uma melhor qualidade de vida.
E lá se vão tantos pensamentos misturados, opostos e assemelhados. Fiz um balanço de perdas e ganhos. Refleti sobra a paz, a esperança, as injustiças e ingratidões sofridas, os reconhecimentos e os não reconhecimentos.
A vida é, mesmo, feita de verdades e de enganos. Fico surpresa com as incompreensões, os egoísmos, com os aproveitadores, com os falsários e os dotados de poderes, enganados, por vezes, com o efêmero das coisas. Assim, se imbuem de soberbas e caem do cavalo quando se deparam com a realidade cruel de que seu tempo acabou.
Ai vida, vida minha!!! De caso pensado pelo outro, já fui vítima e sofri ingratidões. Fiz por muitos e poucos voltaram para agradecer. Fazer o que?
Nada espero quando faço. Sei , porém, que Deus não dorme e, um dia, ainda serei julgada.
De bode expiatório à pessoa gratificada, já me senti ferida e já chorei gloriosa. Tantos sentimentos bons e mais tantos ressentimentos.
Uma vez trabalhada, aprendi a sair das situações inusitadas e a me ajoelhar agradecida.
Leitores: só lhes digo uma palavra final: fiz tudo e de tudo para não ter arrependimento. Este, para mim, é o pior dos sentimentos. O resto é resto....

(*) a crônica saiu em frações de segundos. Leiam e comentem no blog. A autora aprecia.