Na tentativa de entender o que é o isolamento, acabei por aprender como e quando, em que circunstâncias, a gente consegue se isolar.
Thomas Merton tinha razão quando escreveu "Homem algum é uma ilha". Sou adepta de seu pensamento e concordo, plenamente, com esta afirmativa abrangente e filosófica, verdadeira sob todos os pontos de vista.
Na prática, no entanto, o ser humano consegue se isolar de algumas pessoas que, antes, formaram o mesmo habitat, o núcleo familiar comum.
É séria esta situação, mas é preciso buscar mecanismos de defesa, também, para sobreviver.
Há pessoas, até com laços afetivos, que se destroem ( uns aos outros ) sem pudor, sem sentimento religioso, sem sofrimento, sem apego, sem gratidão, sem arrependimento e, até, nega a verdade sem nenhum escrúpulo.
O indivíduo, inserido num contexto dessa natureza, tem que sobreviver.
Alimentar turras, lutar por um lugar ao sol, às vezes atinge um liame, onde se perde as forças e das duas uma: ou aprende a ser só ou morre precocemente. Morte esta, por vezes, apenas afetiva, mas, talvez, pior e mais sofrível do que o encantamento definitivo.
Thomas Merton tinha razão. Fico com o Homem que precisa do seu vizinho, e concordo, também, com o isolamento parcial obrigatório, ou quase obrigatório.
Entendam todos que, assim pensando, ou agindo, não contrario o pensamento de Thomas Merton. Afinal, como poderia o homem ser uma ILHA?
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