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DAMA DE VERMELHO

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ATÉ O TELEFONE DÁ MEDO










Hoje, segunda-feira, a crônica sai diferente. Lembro-me que , sozinha, em apartamento , na cidade de São Paulo, passei maus pedaços.



Confesso que, eventualmente, tenho medo da solidão. Esta foi uma das noites.



O coração palpitava muito acelerado. Não conseguia ver televisão e nem caminhar no apartamento.Tremia só de olhar a porta que, para mim, neste dia, representava um temor.


Se me alimentei, nesta data, posivelmente não. Sentia-me gelada. O pânico se apoderou de mim. Nunca pedi, tanto, ao meu bom Deus, para que o dia amanhecesse.


Este fato, este dia, esta situação, esta noite, ficaram em minha memória e , nunca, consegui censurá-los ou colocá-los no inconsciente,


Posso dizer que foi uma das mais angustiantes noites, com todos os seus mistérios e fantasmas, onde tudo e nada parecem amedrontadores.


Para dormir, tomei um ansiolítico, rebolei na cama e cochilei, quase que abraçada a um aparelho de telefone, como se algum familiar meu, em Recife, pudesse me acudir.


Pior que tudo, plena madrugada, o telefone tocou altíssimo.Era uma ligação errada de pessoa do sexo masculino. Se tivesse de morrer do coração, nesta noite, teria morrido.




Pensei cá, com os meus temores, até o telefone dá medo.

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