"Quem vive sabe" (Clarice Lispector): estamos vivendo um momento de completa contradições, onde o acreditar de hoje pode não ser mais o de amanhã.
Tenho, nos meus conceitos de valores, a fidelidade na minha autenticidade e não ouso dar voos tão altos, quanto injustificáveis.
Evidentemente, que , encontrando-me comigo mesma, vou tomando decisões que cabem ao momento. As mudanças dos fatos ou dos atos justificam, por vezes, as mudanças de atitudes. Há, no entanto, uma moral , que não muda, posto incorporada.
Só não deixarei que a passividade tome conta de mim...
Já experimentei muitas coisas, passando da alegria ao desespero. Estas experiências têm me servido de base para que eu encontre mil razões para mil atitudes.
Tenho em mim procurar a verdade, mesmo sendo aquela que , quase, me ultrapassa.
Escrevo muito sobre a solidão. Acho que não constitui o meu tema central, mas, muitas vezes, é a minha motivação e, até, a minha força maior.
Não posso demarcar , como regra geral, que a felicidade não existe, mas sou quase adepta de que a felicidade, implicando, felicidade plena, talvez, seja inexistente. Falo muito em um contentamento e numa paz, muitas vezes, transitória.
Não sei se já deu para serem notadas as reticências, que sempre coloco, cá e acolá. Com isso quero , sempre, dar o direito a imaginações várias.
Quando não conto o que sinto, fato, relato os meus pensamentos. São atos que preenchem o meu cotidiano e, quem sabe, ajudam o próximo. Oxalá , seja desta maneira.
Estou sempre no meu lugar, nunca dando motivos para que outrem se sinta prejudicado.Também, se tenho direito ao grito, grito forte e melodioso.
Não me considero tão especial, mas , meus escritos não têm passado despercebidos. É a tal coisa do escritor: ter sempre adjetivos esplendorosos e a vontade de usar termos suculentos, para incentivar os leitores.
Acredito que ousar distingue e por que não?